CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

AVALIAÇAO COMPARATIVA PRECOCE E TARDIA DA ESOFAGOCARDIOPLASTIA A SERRA DORIA NO TRATAMENTO CIRURGICO DO MEGAESOFAGO RECIDIVADO AVANÇADO VERSUS NAO AVANÇADO

OBJETIVO

Avaliar a indicação da esofagocardioplastia a SERRA DORIA (ESCPL SD) em uma serie de pacientes com megaesôfago recidivado avançado comparando os resultados precoces e tardios com o megaesôfago recidivado não avançado

MÉTODO

Janeiro de 1996 a Dezembro de 2016 foram estudados retrospectivamente 51 pacientes com megaesôfago com recidiva de sintomas após cardiomiotomia prévia, sendo a maioria de origem chagásica.Em todos os pacientes a cirurgia de eleição para o tratamento da recidiva foi a esofagocardioplastia a SERRA DORIA, sendo os pacientes divididos em 2 grupos de acordo com o grau da doença:GRUPO A:Megaesofago Grau I/II- 32p com predominância do sexo masculino em 23p(71,8%) e com idade variável de 32 a 63a(md -45,5a) e com cirurgia previa com tempo de realização de 2 a 11a(md-8,5a);GRUPO B:Megaesofago Grau III/IV- 19p, com predominância do sexo masculino em 14p(73,6%) e com idade variável de 63 a 78a(md-69,5a) e com cirurgia prévia com tempo de realização de 11 a 29a(md-16,5a). Foi realizado avaliação precoce para estudar as complicações pós operatórias imediatas e tardias entre 1 ano e 10 anos após o procedimento cirúrgico pra avaliar recidiva de sintomas

RESULTADOS

Na avaliação precoce 8p(15,8%) apresentaram complicações clinicas sendo a Infecção pulmonar presente em 3p(9,3%) do Grupo A X 4p(21,%) do Grupo B com boa resolutividade em todos os pacientes;Cardiovascular presente somente em 1 p(5,2%) do Grupo B com boa evolução e nenhum do Grupo A;Fistula anastomotica presente em 1p(3,1%) do Grupo A X 1p(5,2%) do Grupo B , com boa evolução com tratamento conservador.Na avaliação tardia com 1 ano de pos operatório, a deglutição foi normal em 31p(96,8%) do Grupo A X em 18 p(94,7%) do Grupo B e sem regurgitação em ambos o Grupos. Com 3 anos de pós operatório, a deglutição foi normal em 27p(93,1%) de 29p analisados do Grupo A X 10(62,5%) de 16p analisados do Grupo B sendo que no Grupo A nenhum paciente teve regurgitação mas presente em 3p(18,7%) do Grupo B.Com 5 anos de pós operatório, a deglutição foi normal em 24p(88,9%) de 27p analisados do Grupo A X 5p(38,4%) de 13p analisados do Grupo B, sendo que a regurgitação esteve presente em 3p(11,1%) no Grupo A X 7p(53,8%) do Grupo B. Com 10 anos de pós operatório , a deglutição foi normal em 16p(69,5%) de 23p analisados do Grupo A e nenhum de 2 p do Grupo B, sendo que a regurgitação esteve presente em 3p(13,0%) do Grupo A X 2(100,0%) do Grupo B

CONCLUSÕES

A ESCPL SD, na avaliação precoce apresentou complicações pos operatórias de origem clinica com maior incidência no Grupo de megaesofago avançado, provavelmente por serem pacientes com maior faixa etária, mas com boa resolutividade.Entretanto ,na avaliação a longo prazo demonstrou ser um procedimento cirurgico mais adequado somente para o grupo de pacientes com megaesofago não avançado, pois no grupo de doença avançada , apresentou alta recidiva de sintomas

PALAVRAS CHAVE

Esofagocardioplastia, Acalasia esofágica, megaesôfago chagasico

Área

ESÔFAGO, ESTÔMAGO E INTESTINO DELGADO

Instituições

PUC Campinas - São Paulo - Brasil

Autores

JOSE LUIS BRAGA AQUINO, MARCELO MANZANO SAID, FELIPE RAULE MACHADO, JOÃO PAULO ZENUM RAMOS, LUIS ANTONIO BRANDI FILHO, PAULA SREBENICH PIZZINATO, TENILLE CAROLINE CHISTE FERREIRA, THALITA REIS RUBA