CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

BLACK ESOFAGO: RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

Goldenberg e colaboradores descreveram em 1990, pela primeira vez o Black Esôfago (BE), também conhecido por necrose aguda do esôfago. Sua prevalência é rara (0,001 a 0,2%), e o alcoolismo está entra uma de suas principais causas. A apresentação clínica, geralmente, é de uma hemorragia digestiva alta (HDA) e o diagnóstico feito pela endoscopia digestiva alta (EDA). O prognóstico é ruim, com elevada mortalidade e taxas de complicações.

RELATO DE CASO

Homem de 44 anos, etilista, tabagista, usuário de drogas, deu entrada no pronto socorro com hematêmese e instabilidade hemodinâmica. Após medidas de ressuscitação volêmica, realizou EDA, que identificou, mucosa friável com áreas de necrose, longitudinais e circunferências, em esôfago médio e distal, compatível com Black Esôfago. Foi submetido a tratamento clínico com inibidor de bomba de prótons (IBP) em dose dobrada e passagem de sonda nasoenteral sob visão direta. Reavaliado em 72h, com novo exame, apresentando melhora, importante da necrose, exibindo apenas esofagite erosiva extensa. Paciente recebeu alta, sete dias após observação clínica, com seguimento ambulatorial.

DISCUSSÃO

O BE é uma doença rara, cujo o diagnóstico pode ser dado macroscopicamente, com sua confirmação através de biópsias. Essas, apesar de recomendadas, não são mandatórias e aumentam o risco de perfuração do órgão. O tratamento é baseado nos IBP em doses altas e na prevenção de complicações, destacando, entre elas, a perfuração esofágica (síndrome de Boerhaave) e estenose tardia.

PALAVRAS CHAVE

Cirurgia; Doenças do Esôfago; Endoscopia; Hematêmese

Área

ESÔFAGO, ESTÔMAGO E INTESTINO DELGADO

Instituições

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO - São Paulo - Brasil

Autores

Vitoria Vicentin Giordano, Igor Arantes Góes, Juliana Santos Valenciano, Ronaldo Nonose