CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

VARIANTE DE TERAPIA POR PRESSAO NEGATIVA COMO ADJUVANTE NO PROCESSO DE CICATRIZAÇAO DE ABSCESSO ISQUIO-RETAL EM HOSPITAL DO INTERIOR DO ESTADO DE SAO PAULO: RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

Os abscessos e fístulas anais são os representantes mais comuns das afecções supurativas perianais, sendo mais prevalentes na população de adulto jovem do sexo masculino. Estes, se não tratados de maneira oportuna, podem evoluir com o desenvolvimento de feridas complexas que se constituem em um desafio prevalente na rotina médica.

RELATO DE CASO

Paciente do sexo masculino, 53 anos, branco, hipertenso, obeso, admitido no Pronto Socorro do hospital de referência de um município do interior do estado de São Paulo relatando dor em região de nádega direita associado a calor e edema local, estava em uso de antibióticos por prostatite (SIC). Negava febre e outras queixas.
Ao exame físico apresentava edema não compressível e hiperemia com aumento de volume em região de nádega direita, doloroso à palpação e sem ponto de flutuação.
Hemograma evidenciou leucocitose sem desvio à esquerda; ultrassonografia de nádega direita demonstrando edema de pele e tecido celular subcutâneo em toda extensão do glúteo direito e diminutas coleções hipoecogênicas parcialmente delimitadas com distensão laminar nos planos profundos sem fluxo ao Doppler, sendo a maior com volume de 6ml em região do glúteo direito.
Optou-se por internação hospitalar para esquema de antibioticoterapia endovenosa. Houve manutenção da dor e ínicio de febre, realizado tomografia computadorizada (T.C.) de pelve que identificou abscesso peri-prostático e peri-retal à direita. Realizado drenagem cirúrgica do abscesso ísquio-retal e acompanhamento conjunto do grupo de curativo da instituição.
No 6º dia de internação (D.I.), evoluiu com piora clínica e laboratorial: ferida operatória que apresentava 12 cm de profundidade, exsudação purulenta e áreas de tecido necrótico, desvio à esquerda ao hemograma.
Devido a não melhora clínica, optou-se por reabordagem cirúrgica no 8º D.I.: novo debridamento cirúrgico e colocação da terapia de curativo por pressão negativa modificada: dispositivo composto por interface preenchida por gaze acoplada a válvula de sucção a vácuo.
Paciente evoluiu clinicamente bem, assintomático e com melhora dos parâmetros laboratoriais. No 23º D.I., nova T.C. evidenciou ausência de coleções no local de ferida.
A terapia de curativo por pressão negativa modificada foi mantida por 16 dias contribuindo de maneira expressiva para evolução do processo de cicatrização, possibilitando sua substituição pelo curativo oclusivo convencional domiciliar. Permaneceu com retornos ambulatoriais semanais, até completa cicatrização da ferida.

DISCUSSÃO

Diante da crescente incidência de tais afecções bem como os gastos gerados no manejo das mesmas, faz-se necessária a instituição de terapêuticas alternativas que otimizem seu tratamento de uma maneira acessível.
Dessa forma, buscamos reforçar a efetividade da terapia de pressão negativa de baixo custo (método USP) em paciente que apresentava ferida complexa pós-abordagem cirúrgica de ab

PALAVRAS CHAVE

Abscesso. Feridas Complexas. Terapia por Pressão Negativa.

Área

COLOPROCTOLOGIA

Instituições

Santa Casa de Votuporanga - São Paulo - Brasil

Autores

Anderson Cesar Gonçalves, Luis Augusto Antunes Glover, Heitor Augusto Garcia, Luis Henrique Zago Pires, Lucas José Bressani de Oliveira, Tatiane Brasil de Souza Pretto, Brunna Souza Saraiva, Clarissa Albuquerque Vaz Nunes