CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

RELATO DE CASO DE LITIASE BILIAR E COLECISTECTOMIA DE EMERGENCIA EM PACIENTE PEDIATRICO

INTRODUÇÃO

A litíase biliar no adulto é estudada com profundidade e muitos conceitos sobre fatores de risco, etiopatogenia, quadro clínico, diagnóstico, complicações, tratamento e prognóstico são estabelecidos. Em oposição, sabe-se menos sobre a epidemiologia e terapêutica na infância. Apesar disso, essa patologia vem sendo identificada com frequência, seja por aumento na prevalência, secundária a situações clínicas predisponentes ou pela melhora dos métodos diagnósticos.

RELATO DE CASO

Sexo masculino, 6 anos, admitido em unidade de emergência com febre e dor em hipocôndrio direito. Ao exame físico apresentou-se corado, hidratado, acianótico, anictérico, nutrido e eupneico. O exame abdominal apresentou ruídos hidroaéreos normais, dor à palpação abdominal profunda em hipocôndrio direito, descompressão brusca e sinal de Murphy positivos. O ultrassom de abdômen total apresentou vesícula biliar com paredes espessadas e duas imagens hiperecogênicas, móveis, produtoras de sombra acústica posterior e diâmetro de 0,64cm sugestivas de cálculos. O hemograma apresentou leucocitose com neutrofilia e linfopenia. Foi diagnosticado com litíase biliar aguda e encaminhado para cirurgia. A conduta adotada foi colecistectomia e herniorrafia umbilical. O paciente evoluiu com 10 pontos Score de Aldrete Kroulik (A/K), RHA diminuídos, som timpânico, resistente à palpação e doloroso no local da incisão. A incisão de kosher e a incisão longitudinal em região umbilical permaneceram sem sinais flogísticos e o paciente evoluiu sem complicações.

DISCUSSÃO

A epidemia de obesidade infantil contribui para aumentar o risco de litíase biliar em crianças e adolescentes. Portanto, os pediatras devem estar preparados para essa patologia. Os fatores de risco na faixa etária pediátrica estão mudando e tendem a ser iguais aos da população adulta, como sexo feminino, obesidade, gravidez e uso de anticoncepcionais orais, além das doenças hematológicas. São necessários estudos epidemiológicos para definir a prevalência de litíase biliar sintomática e assintomática em crianças e adolescentes e estudos para melhor compreensão dos fatores de risco de litíase biliar na infância.

PALAVRAS CHAVE

colelitíase; colelitíase em pré-escolar; emergência em pré- escolar

Área

FÍGADO, VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

Universidade Brasil - São Paulo - Brasil

Autores

Pedro Augusto Izidoro Pereira, Amanda Oliva Spaziani, Nelize Maioli Caetano, Amanda Bergamo Bueno, Bárbara Mayume de Souza, Raíssa Silva Frota, Gustavo Rivelli Lamboglia, Trícia Aline Ribeiro Pattini de Souza