CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

RELATO DE CASO DE LITIASE RENAL E APRENDICITE EM PACIENTE GESTANTE DE 35 SEMANAS

INTRODUÇÃO

O cálculo ureteral representa a maior causa não obstétrica de dor abdominal, que culmina na internação hospitalar de pacientes gestantes. Com exceção de náuseas no primeiro trimestre, os problemas urinários são os de maior frequência durante a gravidez. A apendicite aguda é a mais frequente complicação não-obstétrica que necessita de laparotomia de emergência na grávida, é comum que os sintomas e achados de exames laboratoriais sejam atribuídos às mudanças da gravidez.

RELATO DE CASO

Paciente com 36 anos e gestante de 35 semanas entrou na enfermaria com dores abdominais, náuseas e suspeita de parto prematuro. Foi realizado um ultrassom de abdome total que obteve o resultado de litíase renal e hidronefrose à direita. Evoluiu com piora da dor e necessidade de cateter duplo J. Foi solicitada a avaliação do urologista devido a presença de leucocitose, piora da dor e sepse, foi optado pela realização de uma cesárea de emergência. Durante o ato foi constatado o apêndice supurado, sendo realizada uma laparotomia exploratória e apendicectomia. Paciente evoluiu com dispneia e choque séptico. No pós-operatório encontrava-se não responsiva e intubada. A sedação foi suspensa na tentativa de extubação com associação de antibioticoterapia. Paciente evoluiu sem demais complicações.

DISCUSSÃO

O útero gravídico altera a percepção da dor, mascara os sinais e sintomas da litíase renal, de forma a tornar tratamento um desafio. Já a apendicite, quando ocorre durante gravidez inicial o quadro clínico não difere de uma apendicite em mulher não-grávida, mas à medida que a gravidez evolui a dor aparece em localizações imprecisas e difusas. Há consenso na literatura de que a incidência e a recorrência da litíase urinária na gestação são semelhantes à da população geral de mesma faixa etária. Já a apendicite, tem incidência mais elevada no primeiro e segundo trimestres, sendo menor no terceiro trimestre e puerpério. Apesar da menor frequência no terceiro trimestre, é nessa época que ocorre o maior número de roturas do apêndice. Não foram encontradas pesquisas que correlacionem as duas patologias durante a gestação.

PALAVRAS CHAVE

Litíase renal em gestante, apendicite em gestante;

Área

MISCELÂNIA

Instituições

Universidade Brasil - São Paulo - Brasil

Autores

Pedro Augusto Izidoro Pereira, Aline Fróes Pedrão, Bianca Ruiz Lima, Amanda Oliva Spaziani, Rodolpho César Oliveira Mellem Kairala, Gustavo Dalan Pavão, Leonardo Faidiga, Gustavo Rivelli Lamboglia