CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TITULO

AVALIAÇAO DOS RESULTADOS DA CIRURGIA DE TERMOABLAÇAO DE SAFENA POR RADIOFREQUENCIA NOS PACIENTES DO COMPLEXO HOSPITALAR EDMUNDO VASCONCELOS

OBJETIVO

Nosso estudo tem por objetivo analisar os resultados e o sucesso da terapia de termoablação da veia safena através do método de radiofrequência.

MÉTODO

Nosso estudo é observacional transversal retrospectivo e foram coletados dados mediante ligações por telefone para os pacientes submetidos à cirurgia, prontuário médico e laudos das ultrassonografias pré-operatórias e pós-operatórias, quando existentes. A amostra envolveu um “n” de 38 pacientes que foram submetidos à cirurgia de ablação da veia safena por radiofrequência, no período de dezembro de 2016 a novembro de 2017 no Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos. Levando-se como fatores de exclusão do estudo: escassez de dados em prontuário, impossibilidade de contato telefônico e o não comparecimento às consultas de retorno. Foram analisados 27 pacientes, dentre eles 18 do sexo feminino e 9 do sexo masculino, com idade entre 24 e 84 e média de 55,59 anos. Buscou-se através de análise do doppler pós operatório em 6 meses da realização do procedimento, a taxa de oclusão da veia safena magna tratada (sucesso técnico), considerando recanalização maior que 50% como falha total, recanalização isolada e menor que 50% como falha parcial e ausência de recanalização como inexistência de falha. Foram analisados também os sinais clínicos apresentados pelos pacientes através da classificação CEAP.

RESULTADOS

No pós-operatório, apresentaram os seguintes dados: 18,51% dos pacientes regrediram para CEAP 0; 51,85% para CEAP 1; 22,20% para CEAP 2; 3,70% em CEAP 3; e 3 pacientes permaneceram em CEAP 5. Em relação às complicações apresentadas pelos pacientes, encontramos: nódulos subcutâneos em 11,11%, hematomas 7,4%, dor 18,51% e tromboflebite 3,70% da amostra. Contudo, ainda assim, a maioria, 59,25%, manteve-se isentos de complicações. Permeando o aspecto de retorno às atividades físicas habituais e cotidianas, que foi um dos desfechos analisados pelo nosso estudo, vimos que 70,37% da amostra retornaram dentro do tempo previsto (15 dias); apenas 7,40% dos pacientes apresentaram um retorno tardio às atividades devido ao quadro de dor. Levantando dados sobre a taxa de oclusão de safena em 6 (seis) meses de pós-operatório, 3 pacientes da nossa amostra tiveram recanalização parcial - segmentos isolados menores de 5 cm de recanalização, porém sem recidiva dos sintomas. O restante da amostra apresentou oclusão total da safena tratada no período analisado, perfazendo 88,88% de sucesso.

CONCLUSÕES

A termoablação da veia safena magna utilizando a radiofrequência é uma técnica eficaz e segura, com poucas complicações pós operatórias, além de permitir um retorno mais precoce de muitos pacientes às suas atividades habituais. Devido a essa convalescença mais curta esse novo método tornou-se o padrão ouro para a cirurgia de varizes conforme vêm sendo demonstrado na literatura mundial.

PALAVRAS CHAVE

safena magna; radiofrequência, termoablação

Área

CIRURGIA VASCULAR

Instituições

Hospital Edmundo Vasconcelos - São Paulo - Brasil

Autores

Vinicius Bertoldi, Caroline Godinho De Andrade, Bruna Campos Oliveira