CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TITULO

REVASCULARIZAÇÃO DISTAL COM PONTE DE VEIA SAFENA ¨IN SITU¨EM PACIENTES COM ISQUEMIA CRÍTICA FONTAINE III E IV.

OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo estudar 60 pacientes submetidos a derivação infrapoplítea distal com veia safena ¨in situ¨ com quadro de isquemia crítica Fontaine III E IV, espera-se através da perfeição da técnica cirúrgica associada a ¨run-off¨ distal adequado, obter o resultado ideal, que é o salvamento do membro do paciente com isquemia crítica com menor morbimortalidade

MÉTODO

Estudou-se 60 pacientes (45 do sexo masculino e 15 do sexo feminino) submetidos a derivação infrapoplítea distal com veia safena ¨in situ¨ com quadro de isquemia crítica sendo 48 pacientes com quadro de úlcera isquêmica e 12 com quadro de dor em repouso operados no período de 14 de fevereiro de 2000 a 14 de setembro de 2012 no Serviço de Cirurgia Cardiovascular do Hospital Universitário Alzira Vellano e da Faculdade de Medicina da UNIFENAS, Alfenas, MG.

RESULTADOS

A mortalidade foi de 25 % e a principal causa foi ao infarto agudo do miocárdio. A taxa de salvamento de membro com melhora da dor isquêmica foi de 75%. A taxa de patência primária foi de 60% e a de patência secundária de 100%. A taxa de amputação foi de 25% no período pós-operatório mediato e de 45% no período pós-operatório tardio. As principais causas de reintervenção foram a estenose da anastomose (15%), presença de fístulas arteriovenosas (15%) e oclusão da ponte (25%). A infecção na ferida operatória ocorreu em 35% dos pacientes e áreas de deiscência em 30% dos pacientes.

CONCLUSÕES

A derivação infrapoplítea distal ¨in situ¨é um procedimento de indicação nos pacientes com ¨run off¨distal e risco de perda de membro. O pós-operatório exige monitorização do enxerto com reintervenção em caso de alteração no padrão hemodinâmico por estenose ou fístula arteriovenosa. A oclusão do enxerto persiste como a principal complicação no pós-operatório mediato. A anticoagulação após o procedimento pode prevenir e aumentar a longevidade da patência do enxerto. A infecção e deiscência da linha de sutura são complicações relacionadas ao estado clínico dos pacientes que apresentam lesões infectadas em úlceras isquêmicas e a necessidade de exposição da veia safena em todo seu trajeto. A abordagem endovascular é uma alternativa com menor morbidade porém é acessível ou indicada em casos selecionados

PALAVRAS CHAVE

revascularização distal, ponte de veia safena, derivação infrapoplítea .

Área

CIRURGIA VASCULAR

Instituições

Universidade José do Rosario Vellano ( UNIFENAS ) - Minas Gerais - Brasil

Autores

WESLEY BLANCO MOTA, HELOISA PAIVA DA SILVA PALOMBO, LIVIA MARIA CARVALHO DE LIMA, HIAGO PEREIRA MACEDO, AMANDA CAMPOS DAMACENO, KAROLINE PEREIRA REIS DE CARVALHO, CAMILA VIEIRA DE CARVALHO PEREIRA REIS, JOÃO BATISTA VIEIRADE DE CARVALHO