CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TITULO

RESULTADOS CIRURGICOS DA REVASCULARIZAÇAO INTESTINAL EM ISQUEMIA AGUDA E CRONICA

OBJETIVO

A isquemia intestinal associa-se com alta morbimortalidade. Estima-se que 8-10% dos óbitos hospitalares são devidos a isquemia intestinal. A alta prevalência dessa doença é subestimada em nosso meio devido a legislação que rege a necropsia clínica em nível hospitalar.O presente estudo tem por objetivo a revisão dos casos de isquemia intestinal aguda e crônica atendidos no serviço de Cirurgia Cardiovascular do Hospital Universitário Alzira Vellano, UNIFENAS, Alfenas, MG.

MÉTODO

Estudou-se 42 pacientes submetidos a tratamento cirúrgico de isquemia intestinal aguda e crônica tratados de fevereiro de 2000 a setembro de 2012 no Serviço de Cirurgia Cardiovascular do Hospital Universitário Alzira Vellano, na Universidade José do Rosário Vellano, Alfenas, MG.Na casuística apresentada 32 pacientes foram do sexo masculino e 10 do sexo feminino.O tratamento cirúrgico foi oferecido a 35 pacientes com quadro de isquemia aguda e 7 com quadro de isquemia crônica.Utilizou-se para análise estatística os testes t de Student e o Ki-quadrado.Adotou-se o nível de significância de 0,05.

RESULTADOS

A mortalidade foi de 60 % nos pacientes com isquemia aguda e 50% nos com isquemia crônica.O tempo de diagnóstico do quadro isquêmico agudo foi de 6 horas em 65% dos pacientes. As complicações pós-operatórias mais comuns foram peritonite, sepse e síndrome do intestino curto.A relaparotomia foi indicada em 60% dos pacientes operados de isquemia aguda e em 40 % dos caso de isquemia crônica. A peritoneostomia foi indicada em 20% dos pacientes com isquemia aguda e 10% dos com quadro de isquemia crônica.As cirurgias mais realizadas para isquemia aguda foram a ressecção intestinal em 70% dos pacientes e a embolectomia mesentérica com Fogarty em 20% dos pacientes. O bypass com prótese de PTFE aortomesentérico foi empregado em 60% dos pacientes com isquemia crônica.Fibrilação atrial foi a principal causa de isquemia aguda por embolia (60%) e a trombose arterial com suboclusão mesentérica por aterosclerose representou a etiologia principal nos pacientes com isquemia crônica (100%).

CONCLUSÕES

A síndrome isquêmica intestinal aguda e crônica persiste com alta morbimortalidade. Os resultados obtidos são comparáveis aos da literatura.Com o advento da abordagem endovascular há possibilidade de se tratar a isquemia intestinal crônica com menor morbidade e menor tempo de internação.Os casos de isquemia aguda sobreviventes ainda persistem com restrições devido a síndrome do intestino curto com precária qualidade de vida dependentes da nutrição parenteral domiciliar.A perspectiva do transplante intestinal ainda não se vislumbra como real solução para os sobreviventes de isquemia aguda até o presente momento.

PALAVRAS CHAVE

Revascularização, isquemia

Área

CIRURGIA VASCULAR

Instituições

Universidade José do Rosario Vellano - Minas Gerais - Brasil

Autores

Brenda Gersanti Borba, Henrique Amâncio Ferreira, Felipe Santana Oliveira, Christiane Sayuri Cardoso Tanisue, Nayhan Andrade dos Santos, Karoline Pereira Reis Vieira de Carvalho, Camila Vieira de Carvalho Pereira Reis, João Batista Vieira de Carvalho