TITULO

PERFIL CLINICO-EPIDEMIOLOGICO DOS PACIENTES COM COLEDOCOLITIASE TRATADOS NO HOSPITAL UNIVERSITARIO CASSIANO ANTONIO MORAES NO ANO DE 2010 A 2017

OBJETIVO

Levantar o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes tratados no Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes no período de 2010 a 2017, além de conhecer os métodos terapêuticos para coledocolitíase mais utilizados no serviço, analisando suas características, vantagens e desvantagens.

MÉTODO

Estudo transversal, a partir de prontuários de pacientes internados com diagnóstico
de coledocolitíase no serviço de Cirurgia Geral/Cirurgia do Aparelho Digestivo no Hospital
Universitário Cassiano Antônio de Moraes, de Janeiro de 2010 a Agosto de 2017. Foram
analisados 270 prontuários. Desse total, 146 foram resgatados. Os critérios de inclusão foram:
homens e mulheres, maiores de 18 anos, com diagnóstico de coledocolitíase (incluindo falha
de preenchimento visto em colangiografia perioperatória, imagem do cálculo visto em
ultrassonografia, imagem circular negativa e/ou visualização definitiva da pedra por
endoscopia), que foram submetidos à terapia endoscópica e/ou cirúrgica. Foram excluídos 124
prontuários. Os critérios de exclusão foram: pacientes com diagnóstico de neoplasias; sem
diagnóstico de coledocolitíase; impossibilidade de coleta de dados pela grafia ilegível ou falta
de informações pertinentes ao estudo não encontradas no prontuário. Os dados foram obtidos
por meio de busca ativa nos prontuários, abordando as seguintes variáveis: idade; sexo;
apresentação clínica; exames laboratoriais; exames de imagem diagnóstico; tamanho do
cálculo; presença de dilatação das vias biliares; estratificação de risco; classificação da
coledocolitíase; terapia de escolha, colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) ou
exploração cirúrgica; complicações dos procedimentos realizados; via de exploração cirúrgica;
derivação biliodigestiva; necessidade de drenagem da via biliar e tempo de internação
hospitalar.

RESULTADOS

Encontramos 113 (77,4%) pacientes do sexo feminino e 33 (22,6%) do sexo masculino. Já em relação à faixa etária, dividimos os pacientes em sete grupos, sendo a faixa mais prevalente de 30 a 39 anos (21,2%). A média das idades 48 anos (desvio padrão DP 18,37). Tivemos uma perda de 124 prontuários (45,9%). O tempo médio de internação foi de 11,92 dias (DP 10,61), sendo o tempo mínimo 1 dia e o tempo máximo 65 dias. 78,1% dos pacientes foram submetidos à CPRE. A taxa de sucesso foi obtida em 58,8% dos casos. Pancreatite pós-CPRE foi a complicação mais prevalente. Já a exploração cirúrgica da coledocolitíase ocorreu em 47,3% dos pacientes, sendo observada uma taxa de complicação de 10,3%.

CONCLUSÕES

Tanto a CPRE quanto a exploração cirúrgica se mostraram métodos terapêuticos eficazes e apresentam baixas taxas de complicações. Apesar disso, a escolha da melhor forma terapêutica deve levar em consideração a individualidade de cada paciente, e essas características são importantes para evitar exposição desnecessária aos riscos inerentes de cada procedimento, além de redução nos custos de saúde.

PALAVRAS CHAVE

Perfil clínico-epidemiológico; coledocolitíase; CPRE

Área

FÍGADO, VIAS BILIARES E PÂNCREAS