TITULO

ANALISE COMPARATIVA ENTRE AS ULCERAS GASTRICAS E DUODENAIS NAS REGIOES BRASILEIRAS

OBJETIVO

Analisar de forma comparativa os casos registrados de úlceras gástricas e duodenais em diferentes regiões brasileiras.

MÉTODO

Trata-se de um estudo ecológico, cujos dados foram obtidos a partir de consulta ao DATASUS, onde foram coletadas informações referentes ao período de janeiro de 2013 a dezembro de 2017.

RESULTADOS

Foram 58.269 internamentos por úlceras gastroduodenais, sendo destes 55.138 (94,6%) em caráter de urgência e o restante (5,4%) de caráter eletivo. Com relação às regiões do país, o Sudeste (SE) apresentou o maior índice de internações, foram 23.188 casos, que representa 39,8% de todo país. A segunda região com mais casos é o Nordeste com 13.736 (23,6%), seguido do Sul (SU) com 10.998 (18,8%), Centro-Oeste com 5.823 (10%) e, por último, Norte com 4.524 casos, representando apenas 7,8% do total de casos do país. A faixa etária, a que apresentou maior incidência de casos foi entre 50 a 59 anos, com significativos 10.985 casos (18,85%). Outras faixas etárias apresentaram valores menores, porém, ainda, significativos, como: entre 60 e 69 anos, com 10.110 casos (17,35%) e de 40 a 49 anos com 8.757 casos (15%). Levando-se em conta o sexo da população neste intervalo de tempo, temos 37.151 do sexo masculino e 21.132 do sexo feminino. Vale ressaltar que não houve qualquer ano em que os números de casos em mulheres superassem o do sexo oposto. Em 2012 houve o maior numero de internações por ulceras gástricas e duodenais, com o valor de 12.192, sendo 61,95% do sexo mascu-lino. E, em 2017, nota-se a menor porcentagem de acometimento no sexo feminino, sen-do 35,55% do total desse ano. Considerando a cor/raça, observa-se uma maior incidência na população branca com um total de 20.190, 34,64% dos registros. Em seguida encon-tra-se a população parda com 17.865, 30,65% dos relatos. Na população indígena, vemos um total de 72 casos de internações, nos levando a indagar sobre a real extensão e cole-ta de dados sobre essa população. Quanto ao regime de internações, vemos a prevalên-cia do regime público em todo o país, exceto no Sul, onde a quantia total no regime pri-vado é de 4.058 casos, enquanto 2.111 são públicas. 41,99% dos casos foram ignorados quando considerado o regime como elemento classificador. Tendo em vista o valor dos serviços hospitalares, temos no Brasil, registrado o valor total de 55.268.714,56 reais nes-se intervalo de tempo, sendo 49,25% do gasto no SE, e logo em seguida temos o SU 21,10% dos gastos totais.

CONCLUSÕES

Sendo a infecção pelo Helicobacter pylori a causa mais comum das úlceras, além de de-terminados medicamentos e outras causas, devemos controlar esses fatores de risco, di-minuindo o consumo de bebidas alcoólicas, tabaco e o uso indiscriminado de analgési-cos e anti-inflamatórios. Isso contribui com a questão dos maiores índices serem de aco-metimento masculino e de faixa etária elevada, pois estes apresentam um estilo de vida de maior risco.

PALAVRAS CHAVE

Úlcera Gastroduodenal; Úlcera Péptica; Epidemiologia

Área

ESÔFAGO, ESTÔMAGO E INTESTINO DELGADO