CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

APENDICECTOMIA VIDEOLAPAROSCOPICA: SERIE DE 134 CASOS

OBJETIVO

A apendicite aguda é a principal causa de abdome agudo em todo mundo, com uma prevalência de aproximadamente 7%. Tem um pico de incidência entre 15-19 anos no sexo masculino e entre 10-14 anos no sexo feminino, mas pode acometer qualquer faixa etária o que dificulta o diagnóstico em alguns pacientes. Nenhum exame laboratorial isoladamente ou em conjunto com um exame de imagem pode dar o exato diagnóstico de apendicite aguda. Os exames mais comumente solicitados são hemograma, urina tipo 1, amilase e proteína C reativa. A apendicectomia é o tratamento de escolha e ainda permite fazer o diagnóstico definitivo desta entidade nosológica. Diante da alta prevalência de apendicite aguda e das possíveis complicações deste quadro clínico, o objetivo deste trabalho foi descrever o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes com apendicite aguda submetidos à apendicectomia videolaparoscópica de fevereiro de 2016 até junho de 2018 em um hospital universitário de uma cidade do interior de Santa Catarina.

MÉTODO

Foi realizado um estudo retrospectivo a partir da coleta dos dados clínicos e laboratoriais (disponíveis em prontuário) dos pacientes com apendicite aguda submetidos a videolaparoscópica de fevereiro de 2016 até junho de 2018 no serviço de cirurgia geral do Hospital Universitário Santa Terezinha – Joaçaba, Santa Catarina.

RESULTADOS

Foram avaliados 134 pacientes, todos submetidos a apendicectomias videolaparoscópica. Procedimentos realizados com 3 punções com ligadura transfixante da base apendicular seguida de invaginação do coto. A média de idade foi de 30,8 anos, na maioria homens (53,73%), sendo mais prevalente em adultos jovens (19-44 anos), representando 58,95% dos casos, crianças (23,13%) e idosos (3,73%). Dos 76 pacientes submetidos à classificação de Alvarado, 5 pacientes classificaram-se como alto risco, 57 como risco intermediário e 14 com baixo risco de apendicite, segundo critérios da classificação de Ebell et all. A evolução média dos pacientes e o tempo médio de internação foram de aproximadamente 2 e 1,23 dias, não havendo diferenças significativas entre os sexos; 93 pacientes apresentaram leucocitose, dos quais 23 com desvio à esquerda e 19 com leucocitúria acima de 10.000; 9 pacientes necessitaram de dreno -o qual era deixado através da punção suprapúbica-, 7(77,7%) e apresentaram apendicite grau 3 ou maior pela classificação videolaparoscópica, classificação que apresentou moda e mediana 1. Nenhum paciente apresentou um valor maior a 2 na escala de Clavien-Dindo. Houveram 2 pacientes com diagnóstico de neoplasia incidental de apêndice, sendo um mucinoso e um neuroendócrino.

CONCLUSÕES

A escolha pela via laparoscópica apresentou baixo índice de complicações, ausência de necessidade de uso de dreno, baixo tempo de internação, rápido retorno as atividades laborais, além de um melhor resultado estético, intrínseco da técnica.

PALAVRAS CHAVE

Apendicite; Videolaparoscopia;

Área

COLOPROCTOLOGIA

Instituições

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO SANTA TEREZINHA - Santa Catarina - Brasil

Autores

Maurício de Marco, Matheus Altenburger Neuhauser, Matheus Mendonça Marcolino, Roger Polo