CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TITULO

OPÇOES TERAPEUTICAS NA COLITE DERIVATIVA

OBJETIVO

A colostomia tem se tornado frequente diante do aumento de doenças inflamatórias intestinais. Com o aumento da incidência de tal procedimento, inerentemente crescem as complicações e a colite derivativa é um exemplo. Como o tratamento mais indicado para esses casos é o emprego de Ácidos Graxos de Cadeia Curta (AGCCs), sendo este de difícil acesso e alto custo, faz-se necessário encontrar meios de tratamento mais acessíveis e baratos. Com isso, o objetivo deste estudo é descrever os possíveis e eficazes tratamentos alternativos para tal complicação.

MÉTODO

Trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa realizada em consulta nas bases de dados Medline/Pubmed, Scielo e Lilacs com cruzamento dos seguintes descritores: ratos, colostomia, Baccharis drancunculifolia, Curcuma longa, trato gastrointestinal.

RESULTADOS

Estudos clínicos inferiram que soluções de AGCCs, poderiam fornecer o substrato energético necessário para auxiliar na cicatrização de processos inflamatórios cólicos, em segmentos exclusos na colostomia. Sabendo disso, busca-se efeito similar ao usar plantas como o alecrim- do-campo (Baccharis dracunculifolia) e o açafrão-da-terra (Curcuma longa L.), pois experimentos in vitro constataram a atividade anti-inflamatória no trato intestinal de diferentes concentrações das mesmas. Estudos prévios mostraram que o extrato etanólico das folhas de Baccharis dracunculifolia (EEBd) apresenta um efeito anti-inflamatório em modelo animal de artrite (AR). Infere-se que o EEBd tem um grande potencial para se tornar um agente terapêutico adjuvante para o tratamento da AR e de outros processos inflamatórios, como a colite por exclusão. Os compostos fitoquímicos, como a curcumina, presente na Cúrcuma, dão a esta importantes propriedades medicinais. Testes in vitro mostraram atividades antiparasitária, antiespasmódica, anti-inflamatória e anticancerígeno da curcumina, a qual também apresentou atividade como antibacteriana, onde inibiu o crescimento de Staphylococcus aureus e Bacillus typhosus e atividade anti-HIV, onde é um inibidor da proteína integrase na replicação do HIV-1, além também de atuar com espécies reativas de oxigênio em situações de estresse oxidativo celular, fato este que pode, em parte, interferir no processo inflamatório.

CONCLUSÕES

Diante dos significativos achados sobre a eficácia terapêutica em processos inflamatórios, do alecrim-do-campo e da cúrcuma, conclui-se que estes seriam compostos passíveis de serem utilizados no tratamento da colite derivativa. Entretanto, faz-se necessário maiores estudos, principalmente experimentais, a fim de comprovar apresentações, doses e regimes de tratamento necessários para validar as teorias levantadas nesta revisão bibliográfica.

PALAVRAS CHAVE

Ratos. Colostomia. Baccharis drancunculifolia. Curcuma longa.

Área

COLOPROCTOLOGIA

Instituições

Uniderp - Mato Grosso do Sul - Brasil

Autores

Giovana Maria Rigo, Carlos Henrique Marques dos Santos, Doroty Mesquita Dourado, Arthur Medeiros Lima, Lauren Umpierre Bernardi, Gabriel Elias Cardoso Siqueira, Vitor Caldas Ferreira, Vitor Cruz Rosa Pires de Souza