CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TITULO

CONTROLE CIRURGICO DAS METASTASES HEPATICAS

OBJETIVO

Revelar os resultados iniciais de 08 pacientes submetidos à hepatectomias para controle cirúrgico de metástases hepáticas.

MÉTODO

Foram revistos os prontuários de 08 pacientes submetidos a hepatectomias para metástases hepáticas em um período de 01 ano, sendo todos operados em uma mesma instituição e por um mesmo grupo de cirurgiões no Hospital Universitário Onofre Lopes da UFRN.

RESULTADOS

Foram operados 08 pacientes sendo 02 do sexo masculino e 06 do sexo feminino, dois eram portadores de metástases originárias de tumores colorretais, dois de origem ginecológica e ovário, dois da vesícula biliar e dois de tumor primário originário no estômago; Um paciente submeteu-se a uma hepatectomia direita, outro a uma hepatectomia direita ampliada, e os demais a segmentectomias anatômicas e não anatômicas, conforme a classificação de Couinaud. Não houve nenhum caso de óbito no procedimento cirúrgico, não
tivemos complicações maiores, foram relatados 01 caso de ITU, e 01 caso de abscesso de parede. Cerca de 87.5% dos pacientes sobreviveram mais de 01 ano, a única que sobreviveu apenas 4 meses foi uma das pacientes com metástase de câncer de vesícula biliar; Uma das pacientes com câncer de ovário teve sobrevida conhecida de mais de 10 anos.

CONCLUSÕES

O Tratamento cirúrgico é o mais indicado nos tumores hepáticos metastáticos em que a lesão primária foi ressecada ou é passível de ser de maneira curativa. A eficácia e segurança na ressecção hepática são fundamentadas no conhecimento da anatomia e compreensão da fisiologia do fígado. A indicação de uma cirurgia de ressecção hepática dependerá do estado clínico do paciente e da quantidade prevista de parênquima hepático restante. Além das metástases à distância, outras variáveis que afetam o prognóstico são o sexo masculino (pior prognóstico) e o grau de diferenciação tumoral (mais indiferenciado = pior prognóstico). A presença de síndrome carcinóide não é uma variável independente, já que reflete o grau de doença metastática. A ressecção hepática de metástases de câncer é um procedimento seguro com sobrevida em 05 anos acima dos 30%. Dessa forma, os autores concluem que apesar da gravidade das metástases hepáticas no contexto global do paciente com câncer, é possível aumentar a sobrevida dos pacientes a curto e médio prazo quando for factível a abordagem cirúrgica.

PALAVRAS CHAVE

Figado; metastases; cirurgia; ressecção hepática; câncer

Área

FÍGADO, VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Rio Grande do Norte - Brasil

Autores

Luis Felipe Revoredo Antunes de Melo, José Jandi Sousa Júnior, Nastassja Morgana Sousa Figueirêdo