TITULO

INDICAÇAO PARA HEPATECTOMIAS EM NODULOS BENIGNOS

OBJETIVO

Relatar uma série de oito hepatectomias em doenças benignas do fígado, procurando discutir aspectos inerentes a sua indicação cirúrgica e analisar criticamente os métodos atuais deste procedimento

MÉTODO

Realização de estudo retrospectivo, através da revisão de prontuários médicos no Hospital Universitário Onofre Lopes - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, analisando aspectos inerentes quanto ao sexo, tipos de cistos, queixa clínica, procedimento realizado e evolução, realizando paralelo com a literatura

RESULTADOS

Os autores relatam a experiência com oito pacientes portadores de lesões hepáticas benignas submetidos a hepatectomias maiores. Dos oito pacientes, sete eram do sexo feminino e um do masculino. Três pacientes eram portadores de cistos hepáticos complexos, três de hemangiomas gigantes, um de hiperplasia nodular focal e um de adenoma hepático. A principal queixa clínica era a dor abdominal de moderada a forte intensidade. Todos foram submetidos à laparotomia exploradora e a hepatectomias maiores, na seguinte ordem: nos cistos, foram realizadas duas hepatectomias direitas, uma hepatectomia esquerda e plurisegmentectomias do IV, VI e do VIII, permanecendo neste paciente apenas os segmentos VII e I; nos hemangiomas, foram realizadas duas hepatectomias direitas, sendo que em um desses associou-se uma segmentectomia medial inferior; nos adenomas e hiperplasia focal, realizou-se bisegmentectomias dos segmentos VII e VI. Apenas um paciente foi a óbito e a taxa de insuficência hepática leve foi de 0.8%

CONCLUSÕES

Os nódulos benignos do fígado são massas presentes em aproximadamente 10 a 20% da população em países desenvolvidos. Tal porcentagem só tende a crescer devido ao barateamento e maior acessibilidade aos exames de imagem, como a Ultra-sonografia (USG) de abdome. Os principais são os adenomas hepáticos, cistos hepáticos, hemangiomas hepáticos e a hiperplasia nodular focal. Aqueles que manifestam algum sintoma, geralmente se apresentam com dor abdominal, principalmente no hipocôndrio direito, aumento do volume abdominal e em ocasiões mais raras, hemorragias hepáticas devido às lesões. A conduta terapêutica nessas situações baseia-se numa serie de considerações sendo as principais a presença de sintomatologia que limite e incapacite o paciente, um tumor com características limítrofes ou indefinidas entre um caráter benigno ou maligno além do tamanho da lesão em questão. Caso as duas condições citadas anteriormente estejam presentes em um referido paciente, a conduta cirúrgica é a melhor opção, sendo a hepatectomia do(s) segmento(s) afetados a melhor delas. Caso os pacientes não atendam aos critérios citados, a conduta não-cirúrgica é a melhor opção, sendo o acompanhamento e em alguns casos o tratamento com anti-concepcionais orais os métodos padrão-ouro no seguimento desses pacientes. Portanto, os autores chegam à conclusão que a sintomatologia foi a referência para a decisão do momento do procedimento

PALAVRAS CHAVE

Nódulos Benignos, Cirurgia , Fígado

Área

FÍGADO, VIAS BILIARES E PÂNCREAS