CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TITULO

REVASCULARIZAÇAO DA ARTERIA FEMORAL SUPERFICIAL COM EMPREGO DE VALVULOTOMO DE CHEVALIER EM PACIENTES DOM DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA CRONICA FONTAINE III E IV.

OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo apresentar a técnica cirúrgica e os resultados iniciais da revascularização de segmentos extensos de artérias ocluídas através de emprego de valvulótomo.

MÉTODO

Vinte pacientes (14 do sexo masculino e 6 do sexo feminino) com doença arterial crônica e segmentos arteriais extensos ocluídos foram selecionados para a cirurgia de revascularização arterial com valvulótomo. Todos os pacientes apresentavam isquemia crítica sem possibilidade cirúrgica de revascularização. Ecodoppler arterial apontou os locais de oclusão e os pontos das artérias acometidas passíveis de acesso. A possibilidade de compressibilidade da artéria ao ecodoppler determinou os pontos de acesso. Através das incisões convencionais as artérias selecionadas foram expostas. Após dissecção e arteriotomia transversa, o valvulótomo de Chevalier foi introduzido, retrógada e anterogradamente, retirando o material oclusivo e formando uma neoluz, restabelecendo o fluxo sanguíneo. Estreptoquinase foi infundida no interior do vaso e solução de heparina (1ml/100 ml SF 0,9%). Cateter de Fogarty 5F foi introduzido na neoluz com suave dilatação do trajeto. Após arteriorrafia, os pacientes foram heparinizados até o 5º dia pós-operatório e mantidos com anticoagulante oral (Warfarin). Os pacientes com boa evolução receberam alta para controle ambulatorial.

RESULTADOS

Dos 20 pacientes submetidos ao procedimento, 12 (60%) apresentaram perviedade da neoluz em tempo de seguimento de três meses. Em 8 pacientes ( 40%), a dor em repouso foi considerada curada. Em 4 pacientes ( 20%) com úlcera isquêmica, ocorreu evolução satisfatória das mesmas, com granulação após desbridamento e amputações menores. Em oito pacientes (40%), o procedimento não foi satisfatório, sendo que 5 (25%) evoluíram para amputação maior (3 suprapatelares, 1 infrapatelar e 1 ao nível do tarso). Dupplex scan pós-operatório revelou patência do trajeto revascularizado no tempo de seguimento em doze pacientes (60%), que permanecem atualmente sob avaliação.

CONCLUSÕES

Os anéis de Volmar por muito tempo foram utilizados para a desobstrução de segmentos arteriais ocluídos, porém com resultado precário conforme vasta literatura. O emprego de valvulótomo de Chevalier, idealizado para valvotomia venosa, constitui um instrumento delicado e, pela sua dimensão, pode ser utilizado nos segmentos ocluídos com menor risco de ruptura da parede arterial e menor possibilidade de insucesso, podendo ser útil em situações em que a revascularização com cateteres não se demonstra factível.

PALAVRAS CHAVE

Revascularização de artéria femoral superficial, valvulótomo de Chevalier, doença arterial obstrutiva crônica

Área

CIRURGIA VASCULAR

Instituições

Universidade José do Rosário Vellano - UNIFENAS - Campus Alfenas - Minas Gerais - Brasil

Autores

Heloisa Paiva da Silva Palombo, Anna Luiza Souza, Danielle da Fonseca, Cristina Monteiro Bianchi Junqueira Santos, Henrique Amâncio Ferreira, Karoline Pereira Reis Vieira de Carvalho, Camila Vieira de Carvalho Pereira Reis, João Batista Vieira de Carvalho