CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

TRAUMA VASCULAR CERVICAL POR LESOES AUTO-INFLIGIDAS(TENTATIVA DE AUTO-EXTERMINIO): ABORDAGEM EM LIVRO ABERTO COMO ACESSO NA EMERGENCIA

INTRODUÇÃO

As lesões cervicais auto-provocadas que cursam com lesões vasculares, nervosas e aéreas, são graves e com alta morbimortalidade. A evolução depende do atendimento precoce e efetivo. No caso em questão, os atendimentos de emergência e hospitalar foram cruciais no prognóstico de sobrevida dos pacientes, haja vista que a propedêutica cirúrgica através de uma intervenção precoce se fez necessária, devido as características anatômicas dos vasos cervicais que apresentam uma tendência a permanecerem abertos após a sua lesão.

RELATO DE CASO

Apresentamos os relatos de dois casos de lesões autoinfligidas com comprometimento de vasos cervicais. No primeiro caso, o paciente tem 32 anos, sexo masculino, presidiário, vitima de tentativa de auto-extermínio provocada por fragmento de vidro, na região cervical profunda, associada com lesão vascular (veias jugulares internas e externas) e hemorragia externa volumosa. Esse paciente foi submetido a tratamento cirúrgico de emergência com boa evolução pós-operatória. No segundo caso, um jovem de 18 anos que, após a perda da mãe, em tentativa de auto-extermínio, feriu a região cervical esquerda com três golpes de faca, causando lesão na artéria carótida interna e veia jugular interna esquerda, com hemorragia externa e interna, formação de fístula artério-venosa e hematoma mediastinal volumoso. Esse segundo paciente apresentou evolução desfavorável em CTI com um isquemia cerebral, embora tenha sido submetido a cirurgia de urgência com acesso em livro aberto, exposição dos vasos intratorácicos, evacuação do hematoma mediastinal e fechamento da fístula carotídeojugular.

DISCUSSÃO

As lesões cervicais são extremamente traumáticas, principalmente quando estão associadas as lesões vasculares, nervosas e aéreas. A possibilidade de complicações como embolia aérea e hemorragia exsanguinante associam-se com morbimortalidade altas (5-10%), sendo, portanto, que o tratamento efetivo deve ser rápido e com controle da hemorragia externa e sutura das lesões vasculares e abertos.

PALAVRAS CHAVE

suicício, auto-extermínio, lesão vascular, cirurgia vascular, cirurgia geral, angiologia, lesão cervical, trauma cervical

Área

CIRURGIA VASCULAR

Instituições

Universidade José do Rosário Vellano - Minas Gerais - Brasil

Autores

Lívia Maria Carvalho Lima, André Alvares Figueiredo Silva, Lidiege Terra Souza Gomes, Cristina Monteiro Bianchi Junqueira Santos, Wesley Blanco Mota, Karoline Pereira Reis Vieira Carvalho, Camila Vieira Carvalho Pereira Reis, João Batista Vieira Carvalho