CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

DEFINIÇAO EPIDEMIOLOGICA DO INDICE DE REENGORDA DOS PACIENTES SUBMETIDOS A GASTROPLASTIA REDUTORA COM DERIVAÇAO INTESTINAL E A PRESENÇA OU NAO DE SEGUIMENTO EM GRUPO DE APOIO

OBJETIVO

Traçar o perfil epidemiológico do índice de reengorda dos pacientes obesos mórbidos submetidos a gastroplastia redutora com derivação intestinal e presença ou não de seguimento em grupo de apoio.

MÉTODO

O estudo foi realizado a partir de dados coletados com 136 pacientes de Presidente Prudente e região que foram submetidos à gastroplastia redutora com derivação intestinal em “Y de Roux” nos últimos dez anos. Os pacientes foram agrupados de acordo com as informações contidas no protocolo de pesquisa: identificação do paciente, considerações acerca da gastroplastia, seguimento em grupos, seguimento com profissionais, consideração acerca do peso e opinião do paciente.

RESULTADOS

Os pacientes foram divididos por faixas etárias, sendo 25,7% entre 21 a 30 anos, 42,6% entre 31 e 40 anos, 24,2% entre 40 e 50 anos e 6,6% entre 50 e 60 anos. Nenhum dos pacientes entrevistados apresentava-se com mais de 60 anos ou menos de 20 no momento da gastroplastia. Em relação ao sexo, 20 pacientes eram homens (14.7%) e 116 mulheres (85.3%), mostrando uma maior procura do tratamento cirúrgico da obesidade por mulheres, tendo em vista a prevalência da obesidade semelhante em ambos os sexos. Das técnicas utilizadas, 96.3% foram mista, 2,2% restritiva e disabsortiva (1.5%). Dos pacientes entrevistados, 29 apresentavam-se com menos de 2 anos de pós-operatório; 21 apresentavam-se com mais de 5 anos; e 86 entre 2 e 5 anos. Pacientes com mais de 5 anos perderam uma média de 38%; entre 2 e 5 anos, 37,5%; e a média geral ,incluindo pacientes com menos de 2 anos de cirurgia foi de 36,6%. Ao todo 129 pacientes (94,9%) realizaram seguimento em grupo, sendo este por mídias e/ou presencial. Apenas 34,8% dos pacientes não esteve fisicamente presente nas reuniões de grupo, 42,6% não realizou seguimento com psicólogo e 8,8% não realizou seguimento com nutricionista. Mais de 80% dos pacientes considerou muito importante o seguimento em grupo ,sendo que destes, 97% considerou muito importante a presença do cirurgião e para a perda de peso geral (97,7%).

CONCLUSÕES

O seguimento em grupo foi fator importante para a perda de peso dos pacientes submetidos à gastroplastias, apresentando-se com redução de peso corporal de 37,5% no período de 2 a 5 anos de pós-operatório, valor este, superior aos encontrados na literatura que mostra redução de 30 a 35%. O índice de reengorda (paciente no período pós-operatório acima de 5 anos) foi de 38%, frente a literatura que mostra valores de cerca de 30%. A opinião dos pacientes estudados acerca da importância do seguimento em grupo foi unânime, sobretudo no que tange a presença do cirurgião e o auxílio à perda de peso, demonstrando que o seguimento em grupo é prática importante para os pacientes em período pós-operatório de gastroplastia, oferecendo vantagens, como presença integral de uma equipe composta de pelo menos do cirurgião e de uma nutricionista; além da criação de um ambiente acolhedor para os pacientes dividirem suas experiências e dúvidas.

PALAVRAS CHAVE

Gastroplastia, Reengorda, Seguimento

Área

CIRURGIA DA OBESIDADE

Instituições

UNOESTE - São Paulo - Brasil

Autores

SERGIO LEONARDO FAVARETO, JOAO JORGE SAAB FILHO, PEDRO LUCIANO MELUCCI FILHO, FERNANDO LEAL PEREIRA, SARAH BEATRIZ OBADOVSKI ALVES, ALEXANDRE SILVA CAMPOS, ANA PAULA COSER