CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

AMPUTAÇAO MAMARIA ASSOCIADA A ENXERTO DE AREOLA COMO ABORDAGEM TERAPEUTICA DE QUEIXAS FISICAS E PSICOSSOCIAIS DA GIGANTOMASTIA EM ADOLESCENTE: UM RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

A hipertrofia mamária extrema, também conhecida como Gigantomastia, é uma condição infrequente que pode provocar prejuízos físicos e psicológicos para as pacientes, uma vez que a mama se trata de um dos principais pilares da feminilidade. Os sintomas incluem mastalgia, ulceração, infecção submamária, problemas posturais, cervicalgia e dorsalgia. Além disso, essas pacientes apresentam grande dificuldade na realização das atividades diárias comuns, prejudicando sua qualidade de vida e diminuindo sua feminilidade. A mamoplastia redutora é um tratamento que busca alivio dos sintomas físicos e psicológicos relacionados à gigantomastia, e visa individualizar o biopsicossocial de cada paciente, para melhorar a qualidade de vida e resgatar a autoestima.

RELATO DE CASO

B.B.S., 17 anos, do lar, com queixa de gigantomastia. Previamente hígida e sem história familiar e pessoal diagnosticadas de alterações hormonais, referiu dificuldade de permanecer em decúbito dorsal horizontal, lombalgia, incapacitando-a de realizar tarefas do cotidiano e grande prejuízo social pela insatisfação da imagem corporal, além da baixa auto-estima. A avaliação do pneumologista pelo teste de função respiratória evidenciou Pneumopatia restritiva moderada. Foi entregue TCLE e explicado que após o procedimento cirúrgico a paciente ficaria impossibilitada de amamentar caso viesse a engravidar.
A paciente foi submetida à mamoplastia redutora pela técnica de Torek (amputação mamária associado a enxerto livre de aréola), com retirada de 3,720 Kg da mama direita e 3,600 Kg da mama esquerda, sem intercorrências.
Apresentou boa evolução clínica, referindo melhora dos sintomas apresentados e satisfação pessoal com a própria imagem. O laudo histopatológico evidenciou lóbulos e ductos mamários sem alterações histológicas significativas.

DISCUSSÃO

A gigantomastia é uma condição que necessita de intervenção cirúrgica para ser tratada e obter os sintomas revertidos. Devido a exigência de grande ascensão do complexo aréolo-papilar (CAP), existe uma necessidade de táticas cirúrgicas especificas, para evitar uma das complicações mais temidas do cirurgião de mama, a necrose do CAP. A principal vantagem da cirurgia plástica é o resultado imediato, sobre a melhora da qualidade de vida, do convívio social da paciente, do tamanho e remodelamento das mamas, implicando no alivio das queixas físicas e psicossocias.
No contexto em que a paciente se insere, uma adolescente de 17 anos, a satisfação da imagem corporal reflete importância significativa por permitir maior contato com as relações sociais e melhora da auto estima.
Sendo assim, a tática usada mostrou ser uma opção válida para o tratamento de gigantomastias.

PALAVRAS CHAVE

Gigantomastia, Técnica de Torek

Área

PLÁSTICA

Instituições

FACERES - São Paulo - Brasil

Autores

LUIZA LATORRE, PEDRO LUIS DE SOUZA MARANO, JOÂO PEDRO LATORRE, NATALIA LÓIS GONÇALVES, WILLIAN TATSUYA TAJI, PEDRO HENRIQUE SOUBHIA SANCHES, JOSÉ ANTONIO SANCHES