CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

COLECISTECTOMIA POR VIDEOLAPAROSCOPIA. CONVERSAO PARA TECNICA ABERTA

OBJETIVO

A colecistectomia corresponde a um dos procedimentos mais realizados ao redor do mundo. A técnica videolaparoscópica é considerada como "padrão ouro" frente as vantagens a técnica convencional, ou aberta. A técnica videolaparoscópica não é isenta de riscos sendo as vezes necessário a conversão, tendo a literatura relatado percentual de 5 a 10% dos procedimentos convertidos para técnica aberta, devido aos fatores de sangramento, alterações anatômicas e por lesão da via biliar. Nosso estudo tem por objetivo avaliar as indicações da conversão das colecistectomias eletivas no ano de 2017.

MÉTODO

Levantamento dos dados em prontuário de 748 pacientes encaminhados via ambulatorial para procedimento eletivo de colecistectomia videolaparoscópica no período de janeiro a dezembro de 2017. Todos pacientes encaminhados para a cirurgia realizam avaliação pré-operatória com realização dos exames pertinentes a cirurgia segura, sendo realizado laboratorial e exames complementares necessários, ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética quando necessário, assim como avaliação pré-anestésica.

RESULTADOS

No estudo dos 8 (1,06%) pacientes que tiveram conversão do procedimento videolaparoscópico para técnica aberta, 4 (50%) foram por dificuldade de visualização das estruturas devido aderências e bloqueio, 2 (25%) por vesícula escleroatrófica, 1 (12,5%) por Síndrome de Mirizzi e 1 (12,5%) por sangramento, com predomínio do sexo feminino, em 5 (62,5%) em relação ao masculino, em 3 (37,5%), tendo 50% idade superior a 60 anos. Dos pacientes que tiveram mudança de técnica, 3 (75%) tiveram internação prévia por colecistite aguda, colangite e pancreatite aguda, sendo que desses 2 (25%) realizaram colangiografia transpapilar com colocação de prótese biliar.

CONCLUSÕES

A técnica da cirurgia laparoscópica com seus diversos ganhos discutidos e comprovados, definem a técnica como o procedimento de escolha para tratamento da colelitíase. A literatura confirma que a dificuldade na identificação das estruturas causadas por aderências ou inflamação é a principal causa de conversão. A colecistite aguda é aceita como fator predisponente para conversão devido processo inflamatório. A Síndrome de Mirizzi quando diagnosticada no pré-operatório fazem muitos cirurgiões optarem como técnica o método aberto ou se diagnosticada no intra-operatório, indicarem a conversão. Na literatura encontramos predominância da conversão no sexo masculino, o que não aconteceu no nosso estudo. O tempo médio de internação dos pacientes com conversão foi de 7 dias, devido a complicações clínicas pós-operatórias e presença de drenagem da cavidade.

PALAVRAS CHAVE

COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA. COLECISTECTOMIA ABERTA. DIFICULDADES DA VIA LAPAROSCÓPICA

Área

FÍGADO, VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

HOSPITAL ESTADUAL VILA ALPINA - SECONCI-OSS - São Paulo - Brasil

Autores

MÁRIO LUIZ QUINTAS, GUILHERME HENRIQUE BACHIEGA SANTOS, ARTHUR LOURENSUTE PORTO, MILENA BRAGA SOARES SILVA, JÚLIO CÉSAR ARAÚJO NÓBREGA, LEANDRO MARIANO SILVA, FILIPE LAMOUNIER BARROS GUERRA, JOÃO VICTOR FONSECA RIBEIRO