CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

VARIZ DUODENAL COMO MANIFESTAÇAO DE HIPERTENSAO PORTAL: UM RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

As varizes de duodeno correspondem a 1-3% dos casos em pacientes cirróticos, o local mais acometido é o bulbo seguido pela segunda porção duodenal. A complicação mais comum é o sangramento com mortalidade de 40% no episódio inicial 5.
O quadro clínico compreende hematêmese, enterorragia, melena até hematoquezia,3 O Padrão ouro diagnóstico é a endoscopia digestiva (EDA)1, em casos de dificuldade diagnóstica5, esta indicada colonoscopia, devendo –se considerar uso de cápsula endoscópica, enteroscopia, angiografia, cintilografia com hemácias marcadas3, tomografia, duodenoscopia e enteroscopia com balão duplo5
O objetivo deste estudo é relatar um caso de variz duodenal como manifestação de hipertensão portal evoluindo com hemorragia digestiva e suas terapêuticas.

RELATO DE CASO

Paciente, feminino, 60 anos, ex-etilista, ex-tabagista, hipertensa, portadora de arritmia não especificada, cirrose de etiologia alcoólica, com antecedente cirúrgico de valvuloplastia mitral por febre reumática. Deu entrada, por quadro de hematêmese e enterorragia, HB 6,7 e HT 21,7%. Realizadas medidas clínica.
Realizada EDA na admissão, identificado variz única na 2 porção duodenal, aspecto pseudotumoral (3 cm) com sangramento em babação. Realizada escleroterapia, (Ethamolin e GH a 50%). Second look em 48h com redução do volume da variz, sinais de sangramento recente, indicado nova escleroterapia.
Evoluiu com nova exteriorização, queda de HB/HT e instabilidade clinica. Realizada nova EDA e indicada terceira sessão de escleroterapia. Apresentou piora clinica, necessidade DVA e aumento da enterorragia, indicada abordagem cirúrgica.
Foi feita duodenotomia (2 varizes em 2 porção duodenal) com sangramento ativo. Optado por clipagem, evoluindo com ausência de sangramento após procedimento. No 6º PO presença de liquido hemático na sonda nasogástrica, enterorragia, queda de Hb e aumento de DVA.
Optado por estabilização clínica e transferência á serviços com arteriografia e eventual confecção de shunt. No 7º PO evolui com parada cardiorrespiratória e óbito.

DISCUSSÃO

O manejo consiste em medidas gerais de estabilização hemodinâmica, objetivando níveis de HB 8g/dL.1 O uso de DVA como terlipressina, somatostatina, octreotide deve ser associado à EDA no manejo inicial, e mantido por pelo menos 5 dias2.
O procedimento de escolha é a ligadura elástica por via endoscópica. Como tratamento isolado está associado a uma maior taxa de ressangramento5. Outros procedimentos como escleroterapia3,5,, embolização com trombina, gel foam, colágeno ou coágulo sanguíneo autólogo3, Obliteração retrograda trasnvenosa por balão (BRTO)1,5, Trasnjugular intrahepatic portosystemic shunt (TIPS) apresentam indicações específicas e benefícios assim como complicações bem estabelecidos.
Nas situações onde houve falha para os métodos citados, procedimento cirúrgico é a terapêutica de escolha. Duodenotomia com sutura, clipagem, desinserção das artérias, grampeamento circunferencia

PALAVRAS CHAVE

Hemorragia digestiva, escleroterapia, duodenotomia

Área

ESÔFAGO, ESTÔMAGO E INTESTINO DELGADO

Instituições

Hospital Ipiranga - São Paulo - Brasil

Autores

EMILY Alves Barros, Alexandra Messa Cirlinas, Sâmara Martins