CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

RETOSSIGMOIDECTOMIA VIDEOLAPAROSCOPICA EM CARCINOMA LOCALMENTE AVANÇADO

OBJETIVO

Diante da alta prevalência e da alta mortalidade do câncer colorretal, o objetivo deste trabalho foi descrever o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes com carcinoma colorretal localmente avançado submetidos à retossigmoidectomia videolaparoscópica com anastomose colorretal intraperitoneal de outubro de 2014 até junho de 2018 no serviço de oncologia em um hospital universitário do interior de Santa Catarina.

MÉTODO

Foi realizado um estudo retrospectivo a partir da coleta dos dados clínicos e laboratoriais (disponíveis em prontuário) dos pacientes com câncer de sigmoide e reto intraperitoneal localmente avançados, de estágio T2 ou maior, todos sem realização de radio e quimioterapia neoadjuvante ou preparo pré-operatório com manitol. Foram submetidos a retossigmoidectomia videolaparoscópica e anastomose colorretal termino-terminal ou latero-terminal com duplo grampeamento de outubro de 2014 até junho de 2018 no serviço de oncologia, todos pelo Serviço Único de Saúde, do Hospital Universitário Santa Terezinha – Joaçaba, Santa Catarina.

RESULTADOS

A amostra somou 44 casos todos submetidos retossigmoidectomia videolaparoscópica dentro dos parâmetros desejados. Houve predominância masculina (28 homens e 16 mulheres) de idade média de 65,95 anos e CEA médio pré-operatório de 19,15. 15 (34,09%) pacientes foram submetidos a ileostomia em alça, desses, 8 (53,33%) haviam feito reconstrução de transito intestinal até o momento da coleta, com um tempo médio de 8 meses de ostomia. 40% dos pacientes apresentavam lesão intransponível a colonoscopia e a média de alta pós-operatória foi de 6,60 dias. 61,36% dos pacientes não apresentaram nenhuma intercorrência pós-operatória.11,36% , 6,81% , 15,09% e 2,27% dos pacientes apresentaram I, II, IIIb e IVa na escala de Clavien-dindo, respectivamente . 1 paciente veio a óbito por sepse no pós-operatório. No anatomopatológio, 21,42% eram T2 , 50% eram T3 e o restante T4b. Foram retirados 14,61 lindonodos sendo 3,61 comprometidos em média ; todas a peças cirúrgicas apresentaram margens livres . 4 pacientes apresentaram metástases a distância, sendo 3 para fígado e 1 para ovário.

CONCLUSÕES

A via laparoscópica no presente estudo apresentou resultados equiparados à literatura: baixo índice de complicações, retirada de linfonodos em quantidade superior a mínima recomendada, baixo tempo de internação, mortalidade baixa, margens livres de doença e baixa recorrência.

PALAVRAS CHAVE

videolaparoscopia; anastomose colorretal; retossigmoidectomia;

Área

COLOPROCTOLOGIA

Instituições

HOSPITAL UNIVERITARIO SANTA TEREZINHA - Santa Catarina - Brasil

Autores

Mauricio de Marco, Roger Polo, Matheus Altenburger Neuhauser, Matheus Mendonça Marcolino, Gabriel Manfro