CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

RELATO DE CASO DE APENDICITE EM PACIENTE MASCULINO DE 60 ANOS.

INTRODUÇÃO

A apendicite aguda é a causa mais comum de abdome agudo de
tratamento cirúrgico. Consiste na obstrução da luz do apêndice levando ao
aumento da secreção de muco, proliferação bacteriana, distensão do lumem,
diminuição da drenagem venosa com consequente isquemia, perfuração da
mucosa, peritonite e sepse. Acomete a faixa etária de adolescentes e adultos
jovens, é incomum antes dos 5 e após 50 anos.

RELATO DE CASO

Masculino, 60
anos, queixa de dor abdominal difusa tipo cólica, nega fatores de melhora e
piora, 1 episódio de febre não aferida e hiporexia associada há 3 dias.
Medicado com tramadol endovenoso apresentando melhora. Há 2 dias parada
da evacuação e flatos, além de oligúria. Refere obstipação crônica, nega
doenças previas. Tabagista há 45 anos, ex-etilista e ex-usuário de drogas
ilícitas. Ao exame físico apresentou-se desidratado, taquipneico, abdome
plano, levemente distendido, ruídos hidroaéreos presentes, hipertimpânico,
doloroso a palpação difusa, sinal de Rovsing positivo. Os sinais de Blumberg,
Giordano e Murphy negativos. Toque retal: próstata ligeiramente aumentada.
Aos exames laboratoriais: hemograma com leucocitose e EAS infeccioso. Aos
exames de imagem (raio X de abdome agudo, tomografia de abdome total e
transito intestinal): distensão gasosa de alças intestinais com níveis
hidroaéreos e ausência de líquido livre. Submetido a laparatomia exploratória
que evidenciou distensão de intestino delgado e afunilamento de cólons
transverso, descendente e sigmóide, apêndice secal supurado grau 5 e grande
quantidade de aderências em alças intestinais. Boa evolução, porém lenta, com
leve distensão abdominal e transito intestinal lento. Obteve alta hospitalar após
melhora da distensão.

DISCUSSÃO

Embora seja uma afecção que ocorre no
paciente adulto jovem, a apendicite aguda pode comprometer indivíduos em
qualquer faixa etária. Nos últimos anos, a incidência no paciente idoso tem
aumentado. As complicações do idoso diferem das observadas no jovem pela
maior morbimortalidade desse grupo. Isso se deve não só à apresentação
clínica atípica como também por apresentarem doenças associadas e
progressão rápida do quadro, e, maior postergação do tratamento cirúrgico,
enfatizando a necessidade de diagnóstico e tratamento precoce.

PALAVRAS CHAVE

Apendicite

Área

COLOPROCTOLOGIA

Instituições

Universidade Brasil - São Paulo - Brasil

Autores

Marina Martins Sobreira, Amanda Oliva Spaziani, Mariana Zeitune Pereira, Lorena de Freitas Diogo, Raissa Silva Frota, Luis Carlos Spaziani, Gustavo Ribelli Lamboglia, Rodrigo Taveiro Lopes