CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

RELATO DE CASO: CIRURGIA HIBRIDA NA ABORDAGEM DA OCLUSAO ARTERIAL AGUDA

INTRODUÇÃO

A Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) decorre de fenômenos ateroscleróticos sistêmicos que provocam estenoses e oclusões arteriais, sendo associada a elevado risco de morbimortalidade cardiovascular. A claudicação intermitente, o sintoma mais frequente da DAOP de membros inferiores, resulta da redução do fluxo sanguíneo durante o caminhar. A Oclusão Arterial Aguda (OAA) é a interrupção do fluxo sanguíneo para determinada região. O grau de comprometimento e gravidade dependem da extensão acometida, do local ocluido e da presença da rede de colaterais.

RELATO DE CASO

Paciente P.C.F., 67 anos, sexo masculino, procurou atendimento médico com dor súbita em MIE. Portador de HAS, DM e claudicação limitante em MIE. Ao exame, apresentava MIE pálido, cianótico, sensibilidade e motricidade preservadas, fluxo arterial ausente e venoso presente. Caracterizado quadro de OAA Rotheford IIA. Encaminhado para cirurgia de revascularização híbrida do MIE com confecção de patch venoso de anastomose prévia em artéria femoral comum com veia safena magna reversa (VSMR), angioplastia de anastomose distal de VSMR com artéria poplítea supragenicular e by-pass de artéria poplítea infragenicular para artéria tibial anterior (ATA) com VSMR. Paciente apresentou pulso 2+∕2+ em ATA ao fim do procedimento. Recebeu alta hospitalar no 5º DPO sem claudicação, membro com boa perfusão e sem déficits sensitivo ou motor.

DISCUSSÃO

Na classificação de Rotherfor para isquemia dos membros, a categoria IIa representa membros ameaçados, e o tratamento indicado é a terapia trombolítica direcionada por cateter. Nos casos, como no apresentado, em que há necessidade de revascularização, realiza-se procedimentos cirúrgicos abertos ou fechados. Os abertos incluem embolectomia por arteriotomia e revascularização por by-pass. Os endovasculares, como angioplastia com stents ou balão revestido com droga, são menos invasivos e preservam a circulação colateral. No caso apresentado, a revascularização é necessária pois a localização anatômica associada a movimentos de quadril e joelho aumentam as chances de fratura de stents. Assim, a técnica híbrida permite a revascularização adequada do membro e a colocação de stents, que diminuem a chance de formação de coágulos tardios. A OAA requer uma abordagem cirúrgica rápida e precisa para garantir a função e a anatomia do membro, evitando lesões irreversíveis ou amputação. No caso relatado, a cirurgia foi realizada com sucesso e a vascularização reestabelecida, retornando a viabilidade do membro.

PALAVRAS CHAVE

Doença Arterial Obstrutiva Periférica, Cirurgia Híbrida, Oclusão Arterial Aguda, Claudicação Intermitente

Área

CIRURGIA VASCULAR

Instituições

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - Minas Gerais - Brasil

Autores

NATHALIA ROSCOE e FIRACE, LORENA NOGUEIRA MAIA, ALISSON ORDONHES VILAS NOVAS de SOUZA, ISABELA VITERELLI LIMA COSTA