CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

TRATAMENTO CIRURGICO DA DOENÇA PILONIDAL COMPLICADA UTILIZANDO O RETALHO FASCIOCUTANEO DE REGIAO GLUTEA

INTRODUÇÃO

A doença pilonidal sacrococcígea é caracterizado pela infecção do tecido celular subcutâneo, o qual acontece na metade superior do sulco interglúteo. Sua incidência é aproximadamente de 25 pessoas a cada 100 mil, mais frequente no sexo masculino, na relação de 3:1, e em adultos jovens, na faixa de 16 – 25 anos de idade. Predomina em caucasianos, é raro na raça negra e praticamente inexiste nos orientais. Podemos citar alguns fatores predisponentes como sulco interglúteo pronfundo, hirsutismo, obesidade, maceração e fricção local. (1, 3, 4, 5, 6).

RELATO DE CASO

T.C.S.A, 26 anos, natural de Campinas, previamente higido, porteiro, encaminhado ao ambulatório de Cirurgia Geral em agosto de 2016, do Complexo Hospitalar Prefeito Edivaldo Orsi, com queixa de saída de secreção purulenta em região sacral há 2 anos. Ao exame: presença de 7 orificios em região sacrococcigea lateral esquerda, sem saída de secreção purulenta à expressão e lesão vegetante em sulco interglúteo, aproximadamente 1 cm de diâmetro, exame proctologico com enfincter normotônico e sem demais lesões. Foi indicado tratamento cirurgico eletivo com remoção complete da lesão e reconstrução através da confecção do retalho fasciocutâneo da região glútea de Limberg. Retalho fasciocutâneo com bom aspecto geral, boa perfusão, ausência de deiscência de pontos e sinais flogísticos, sem sinal de sofrimento tecidual e ausência de secreção à expressão de ferida. Verificado resultado de anatomo-patológico: presença de sinus pilonidal com nevo melanocítico intradérmico e margens livres de lesão. Trinta dias após cirurgia paciente retorna sem queixas, retalho com bom processo cicatricial, com preservação de sulco interglúteo.

DISCUSSÃO

Na doença pilonidal com múltipas fistulas o tratamento cirúrgico deve incluir ressecção ampla com margens livres de lesão, afim de prevenir recidivas.A correção cirúrgica através da técnica aberta apresenta resultados tardiamente pois o tempo de cicatrização é mais prolongado, troca de extensos e trabalhosos curativos diariamente acarretando maior algia, maior cuidado com a tricotomia no pós operatório, paciente retorna às suas atividades habituais após cicatrização completa, geralmente após 2 a 3 meses, e ainda apresenta uma taxa de recidiva em torno de 12%. A técnica do retalho fasciocutâneo é pouco dolorosa, confirmado no trabalho de Corsi et al, onde foi visto que 70,8% dos pacientes não necessitou de analgésicos no pós operatório. E a mesma porcentagem também não apresentou nenhuma complicação. O tempo de internação foi reduzido, quando não operados em regime ambulatorial e a recuperação mais acelerada. O tempo de cicatrização foi diminuido em 2 semanas, quando comparadas com a técnica aberta. Proporcionado menor restrição de atividades e menor realização de curativos trabalhosos no pós operatório, seguindo com um retorno rápido às atividades habituais do paciente. (4, 7, 3, 12, 14, 21)

PALAVRAS CHAVE

Doença Pilonidal; Retalho Fasciocutâneo

Área

PLÁSTICA

Instituições

Complexo Hospitalar Prefeito Edivaldo Orsi - São Paulo - Brasil

Autores

Daniel de Morais Tavares, Luana Arruda, Rodrigo Barros de Carvalho, Débora Puzzi Fernandes, Dyego dos Santos Queiroz, Valter Fabricio Ferreira Dari, Fernanda Neiva Ribeiro