CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TITULO

COMPARAÇAO DOS RESULTADOS DE COLECTOMIA LAPAROTOMICA E LAPAROSCOPICA EM PACIENTES COM CARCINOMA DE COLORRETAL

OBJETIVO

No Brasil estimou-se 34.280 novos casos de Carcinoma Colorretal (CCR) em 2016 e seu tratamento envolve a ressecção do tumor primário. Desde a descrição da colectomia laparoscópica (CCL) esta tem ganhado espaço em relação a colectomia aberta (CCA), inclusive nos pacientes com CCR.
Comparar os resultados cirúrgicos e oncológicos das técnicas CCL e CCA.

MÉTODO

Revisão bibliográfica com descritores MeSH “colorectal”, “laparotomy” e “laparoscopic” nos banco de dados PubMed, ACCESSSS e CochraneLibrary. Selecionados 1 estudo epidemiológico e experimentais e 7 revisões de literatura e meta-análises.

RESULTADOS

Uma analise de 35 CCLs o tempo médio foi de 217.3 minutos, a taxa de complicações foi 28.6%, com 1 óbito e tempo de hospitalização médio de 6.3 dias, com taxa de conversão de 7.9%. Em 75 CCAs o tempo médio foi 172.2 minutos, taxa de complicação de 37.3% com 6 óbitos, com hospitalização média de 10 dias.
Uma analise de 435 CCLs e 428 CCAs não encontrou diferenças na taxa de complicações intraoperatórias, taxas de mortalidade em 30 e 60 dias, taxas de readmissão e reoperação. Também não foram encontradas diferenças nas taxas de recorrência e mortalidade, esses resultados se mantiveram em todos os estágios. Contudo o tempo de hospitalização foi menor no grupo da CCL.
A sobrevivencia em 5 anos na CCL foi de 80.4% enquanto na CCA foi de 68.6%, sendo superior em tumores estágio TNM I (82.7% contra 91.4%) e III (67.9% contra 79.8%), sendo que em tumores II não houve significância estatística (p=0.052), assim como na sobrevivencia de 5 anos livre de doença (p=0.173). A taxa de sobrevivencia em 5 anos livre de recorrência local foi maior na CCL (83.6% contra 72.1%). Não houve diferença no numero de linfonodos retirados, critério associado a sobrevivencia livre de doença.
O tempo da CCL foi maior, mas há tendência a redução com a maior experiência do cirurgião. O custo da CCL foi maior, contudo o tempo de hospitalização, e taxa de complicações e necessidade de transfusão e analgesia pos-operatória foram menores, tornando-a uma alternativa economicamente viável.
As complicações pós-operatórias foram sepse, fístula estercoral, infecção, febre, íleo paralítico, deiscência de parede, obstrução intestinal, insuficiência respiratória, hemorragia e óbito.
Em todos os estudos a CCL se mostrou não inferior à CCA nos quesitos sobrevivencia em 5 anos, sobrevivencia em 5 anos livre de doença, taxas de complicações e taxa de mortalidade. Em todos os estudos o tempo de hospitalização foi menor no grupo submetido a CCL.
As discordâncias nos resultados obtidos pelas diferentes técnicas devem-se a curva de aprendizado da laparoscopia.

CONCLUSÕES

Os pacientes submetidos a CCL exibiram menor tempo de hospitalização, necessidade de transfusões, tempo de hospitalização.

PALAVRAS CHAVE

cancer colorretal, laparoscopia e laparotomia

Área

COLOPROCTOLOGIA

Instituições

universidade de itauna - Minas Gerais - Brasil

Autores

danilo nadal rodrigues, joseane grando, raísa furfuro e sá, barbara maria assi rabelo, aline lima tonelli, henrique augusto lino, bianca lisa de faria, sidney roberto nadal