CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

EXPERIENCIA DA SANTA CASA DE SAO PAULO NO TRATAMENTO DA COLEDOCOLITIASE

OBJETIVO

A colelitíase é uma doença de prevalência elevada, podendo ser diagnosticada em cerca de 6 a 10% da população geral.
Dessa população, em cerca de 10% dos casos, o diagnostico de coledocolitíase é realizado ao longo da investigação diagnóstica, necessitando tratamento adequado para essa condição. Nesse trabalho relatamos a experiência do Grupo de Vias Biliares e Pâncreas da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo no tratamento da coledocolitíase.

MÉTODO

O trabalho em questão foi realizado pelo Grupo de Vias Biliares e Pâncreas da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
Foram analizados 663 prontuários de pacientes com diagnóstico de coledocolitíase que foram submetidos a alguma forma de intervenção em nosso serviço do período de 1984 à 2018.
Pacientes com diagnóstico de pancreatite aguda ou colecistite aguda foram excluídos do estudo. Nos demais pacientes, estudou-se sexo, faixa etária, etiologia e tratamento empregado para resolução da coledocolitíase.

RESULTADOS

De 1984 a 2018, em 663 pacientes realizou-se o diagnóstico e tratamento da coledocolitíase em nosso serviço. Desses casos, 539 casos (81,2%) correspondiam ao diagnóstico concomitante de colelitíase e coledocolitíase. Os 124 demais pacientes (18,8%) apresentavam o diagnóstico isolado de coledocolítase. 179 pacientes eram do sexo masculino e 484 pacientes eram do sexo feminino, sendo que a faixa etária variou de 16 a102 anos de idade, com uma média de idade de 53,8 anos.
Dos pacientes com coledocolitíase, 379 foram submetidos a procedimento de colecistectomia convencional e alguma forma de tratamento para a coledocolitíase. 43 pacientes foram submetidos à colecistectomia e CPRE, 156 pacientes foram submetido às exploração + Kehr, 10 explorações transcísticas, 107 derivações biliodigestivas e 51 papilotomias.
Dos pacientes submetidos à laparoscopia, 65 doentes (50%) foram submetidos à colecitesctomia e CPRE, 05 a exploração videolaparoscópica com drenagem à Kehr, 02 pacientes foram submetido à exploração e sutura primária, 04 pacientes com exploração transcística. Houve necessidade de conversão em 46 casos (35,3%), sendo a exploração transcoledociana e drenagem à Kehr realizada em 29 pacientes.

CONCLUSÕES

O tratamento ideal para a coledocolitíase reside na experiência do cirurgião e do arsenal diagnóstico e terapêutico que cada serviço possui. Atualmente, o diagnóstico pré operatório da coledocolitíase possibilita duas formas de tratamento: a realização de CPRE e colecistectomia videolaparoscópica, e, colecistectomia videolaparoscópica com exploração de vias biliares por laparoscopia. A colecistectomia convencional com exploração de vias biliares e drenagem à Kehr já esta bem estabelecida. Nos casos de pacientes previamente colecistectomizados com coledocolitíase residual ou primária, a CPRE é a melhor forma de tratamento.

PALAVRAS CHAVE

Coledocolítiase, Cirurgia, CPRE

Área

FÍGADO, VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

Santa Casa - São Paulo - Brasil

Autores

Ricardo Tadashi Nishio, Bruno Reis Peruzza, Eduardo Rullo Maranhão Dias, Marcos Belotto Oliveira, Adhemar Monteiro Pacheco Jr, Rodrigo Altenfelder Silva, Andre de Moricz