CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TITULO

BYPASS GASTRICO EM Y-DE-ROUX E GASTRECTOMIA SLEEVE: BENEFICIOS E MORBIDADES

OBJETIVO

Comparar a eficácia da perda de peso entre o Bypass Gástrico em Y de Roux e Gastrectomia Sleeve, assim como a influência nas comorbidades entre as duas técnicas.

MÉTODO

Estudo de revisão literária, baseada em pesquisa on-line na base de dados MEDLINE (via PubMed) e LILACS utilizando os termos MeSH “bariatric surgery”, “gastric bypass” e não MeSH “sleeve grasctectomy”. A apuração das buscas pautou-se nos seguintes critérios de inclusão: estudos clínicos randomizados de 1º de janeiro de 2013 a 28 de fevereiro de 2018, estudos relacionados à abordagem dos desfechos favoráveis e/ou desfavorávies das técnicas laparoscópicas de gastrectomia sleeve e/ou da Bypass Gástrico em Y de Roux e correlação com doenças comórbidas. Os critérios de exclusão foram: demais materiais que não atenderam aos critérios eleitos anteriormente. Os estudos selecionados foram apresentados descritivamente em tabelas e seus dados foram analisados sob a forma de revisão de literatura.

RESULTADOS

Não houve diferença significativa entre a técnica Bypass Gástrico em Y de Roux (BGYR) e Gastrectomia Sleeve (GS) quanto à porcentagem de perda do IMC em excesso. Porem no seguimento a longo prazo, o BGYR mostrou uma perda de peso significativamente melhor que a GS avaliado pelo excesso percentual de perda de peso.
As comorbidades associadas à obesidade, incluindo diabetes tipo 2 e dislipidemia, foram reduzidas após ambos os procedimentos, com exceção da doença do refluxo gastroesofágico, que foi alcançada com maior êxito após o BGYR. No entanto, ao comparar a GS com o BGYR, este último é superior para as taxas de remissão de diabetes tipo 2 ao longo prazo. Em relação a dislipidemia a taxa de remissão não foi diferente entre o bypass gástrico e a gastrectomia sleeve, porem os níveis de LDL-C foram significativamente menores nos pacientes no grupo de BYGR do que naqueles da GS. As taxas de remissão da hipertensão foram significativamente melhores após o bypass gástrico – uso de menos medicamentos anti-hipertensivos.
Uma desvantagem potencial da GS é a exacerbação ou novo surgimento de refluxo gastroesofágico e alta incidência relatada para o esôfago de Barrett após esse procedimento.

CONCLUSÕES

A Gastrectomia Sleeve é tecnicamente mais fácil, de rápida execução e potencialmente mais segura comparada com Bypass Gástrico em Y de Roux. Porém nao houve diferença importante na perda de peso em pacientes com obesidade mórbida entre as duas técnicas e também não houve diferença significativa entre os dois grupos no aumento da qualidade de vida e número de reoperações (eventos adversos).

PALAVRAS CHAVE

Cirurgia Bariátrica; Gastrectomia; Derivação Gástrica

Área

CIRURGIA DA OBESIDADE

Instituições

Centro Universitário UnirG - Tocantins - Brasil

Autores

Edison Benedito da Luz Brito Junior, Giulia Martins Pinto Lima, Nathália Barros Trovo, Rodrigo Alves de Lima