CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

HEPATECTOMIA EM CASOS DE CANCER DE MAMA METASTATICO: EXPERIENCIA DE UM HOSPITAL UNIVERSITARIO

OBJETIVO

Analisar o perfil clínico, características tumorais e fatores preditivos de sobrevida de pacientes que se submeteram a ressecção de metástases hepáticas de cânceres de mama em um hospital universitário terciário.

MÉTODO

Revisão retrospectiva dos prontuários das pacientes submetidas a ressecção hepática de metástases de neoplasias de mama entre 1996 e 2018. Elencadas data e tipo da cirurgia primária de mama, data e tipo da cirurgia de ressecção hepática, segmentos hepáticos afetadados, presença de nódulo axilar e periportal positivos, presença de invasão vascular, tipo histológico tumoral e características imunohistoquímicas, tamanho da metástase, margens de ressecção hepática, sobrevida após a primeira ressecção de metástase e uso e tipo de terapia adjuvante.

RESULTADOS

Oito pacientes foram subemtidas a hepatectomia parcial para ressecção de metástases de mama entre 1996 e 2018. O total de procedimentos realizados foi 13, e o maior número de procedimentos na mesma paciente foi três. Quatro pacientes foram submetidas a mastectomia radical, duas a mastectomia total e duas a quadrantectomia, e todas as pacientes apresentavam tipo histológico tumoral de carcinoma ductal invasivo. Quatro pacientes não apresentavam doença extra-hepática, e quatro apresentavam lesões osseas. O tempo entre a mastectomia e a ressecção hepática variou entre 8 e 90 meses. Metástases tiveram entre 5,2 cm e 0,9 cm em seu maior diâmetro. Foi encontrada invasão perivascular em 23% das ressecções, linfonodos periportais positivos em 15% e implantes peritoneais em 23%. Todas as pacientes foram previamente expostas a terapias adjuvantes (quimioterapia e radioterapia), 6 das 8 pacientes também fizeram uso de tamoxifeno, uma fez uso de paclitaxel, e uma fez uso de trastozumab. Positividade de CERB2 foi encontrada em 5 das ressecções, para receptores de estrógeno em 5 e receceptores de progesterona em 4. O tempo entre a ressecção do tumor primário de mama e o diagnóstico de metástase foi de 10 anos em média. A média de sobrevida após a primeira hepatectomia foi de 4,5 anos.

CONCLUSÕES

Os resultados encontrados em nosso serviço são compatíveis com aqueles demonstrados na literatura internacional. As metástases hepáticas de carcinomas mamários são raras devido ao mecanismo de propagação metastática via circulação sistêmica.

PALAVRAS CHAVE

Hepatectomia, Metástases, Câncer de Mama

Área

FÍGADO, VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP - São Paulo - Brasil

Autores

Catherine P H Reigada, Eduardo Riccetto, Ilka Fátima Santana Ferreira Boin