CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

RELATO DE CASO - USO DE PROTESE INTESTINAL EM NEOPLASIA AVANÇADA DE COLON

INTRODUÇÃO

O câncer de Colorretal (CCR) é um dos canceres mais prevalentes no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer é o segundo tumor não melanoma mais frequente em homens no Sudeste, e o terceiro no Sul e Centro oeste; enquanto para as mulheres é o segundo mais frequente no Sul e Sudeste, e terceiro nas demais regiões do país.
O CCR apresenta relação com os adenomas, e, segundo dados de literatura, pólipos de 1 cm apresentam transformação maligna em cerca de 5 anos, enquanto pólipos menores em cerca de 10 anos.
Quanto aos fatores de risco estão associados ao aumento de CCR o consumo excessivo de carne vermelha, a obesidade e o tabagismo.

RELATO DE CASO

CFS, 51 anos, feminino, apresenta dor abdominal difusa, mais intensa em epigástrio de início há 2 meses, náuseas e vômitos há 2 dias. Refere hipotireoidismo, insuficiência cardíaca, hipertensão arterial e obesidade. Durante investigação foi solicitado Tomografia de Abdome e Tórax, que evidenciou espessamento circunferencial nodular vegetante na transição do retossigmóide, estendendo-se por cerca de 0,9 cm; massa em ovário esquerdo, múltiplos implantes omentais; nódulo hepático em segmento VI/VII, múltiplos nódulos pulmonares; E colonoscopia, na qual foi introduzido o aparelho até nível de transição retossigmóide, revelando lesão úlcero-infiltrativa, circunferencial, estenosante, impossibilitando a progressão do aparelho. Realizado biopsia: adenocarcinoma do intestino grosso.
Foi encaminhada ao Hospital das Clínicas de São Paulo, para a passagem de prótese metálica intestinal por colonoscopia. Após o procedimento foi mantida em observação em jejum por 48 horas, submetida a RX de abdome para controle após 24 horas para verificar a expansibilidade da prótese abdominal. Recebe alta após 72 horas com normalização do trânsito intestinal, aceitação da dieta e controle da dor abdominal.

DISCUSSÃO

O estadiamento do CCR é de acordo com o American Joint Committee on Cancer: TMN. E o tratamento é de acordo com o estadiamento: é curativo quando houver possibilidade de ressecção total da lesão primaria e tratamento total das metástases. E é paliativo quando não há intensão de cura, com objetivo de diminuir a sintomatologia – metástases disseminadas/irressecáveis, invasão loco-regional ou de estruturas nobres.
A paciente apresenta estagio IVB, com lesão estenosante e risco de evoluir para abdome agudo obstrutivo. A proposta para a paciente é paliativa, e, quanto ao risco de obstrução intestinal: colostomia. Entretanto a paciente apresenta obesidade, o que levaria a uma tensão excessiva da colostomia, com alto risco de complicações (desabamento, isquemia, estenose, infecção de tecido subcutâneo).
Como alternativa para a desobstrução intestinal, foi optado por passagem de prótese intestinal via colonoscopia, evitando as complicações de uma estomia. A prótese intestinal pode ser usada como tratamento paliativo em pacientes que uma cirurgia implica em alta morbidade/mortalidade ou como ponte para cirurgia

PALAVRAS CHAVE

prótese intestinal
colonosco

Área

COLOPROCTOLOGIA

Instituições

UNISA - São Paulo - Brasil

Autores

ORLANDO CONTRUCCI, NATHALIA FERRAZ OLIVEIRA