TÍTULO

COLECISTOSTOMIA: UMA CONDUTA DE EXCEÇAO. EXPERIENCIA DE UM SERVIÇO TERCIARIO.

OBJETIVO

Descrever a experiência de colecistostomias transparieto-hepática de um serviço terciário frente às colecistites agudas. A colecistostomia se tornou a prática de eleição para os casos de colecistites grau 3, segundo o protocolo de Tókio, protelando a colecistectomia para um segundo momento, tornado-a mais segura.

MÉTODO

Análise retrospectiva de 17 pacientes que realizaram colecistostomia por colecistite aguda em um período de 34 meses no Hospital das Clínicas - FMUSP.

RESULTADOS

Nos 17 pacientes (9 mulheres e 8 homens), a média de idade é de 69,8 anos (mediana 73, entre 33-92 anos). 76,4% dos pacientes tinham 3 ou mais dias de história de dor e 8 apresentavam leucocitose (média 13.441 e mediana 11.210), sendo que em apenas 23,5%
tinham desvio a esquerda e a media da proteína C reativa (PCR) foi de 226 (mediana 205,9). Sobre as comorbidades, 10 pacientes (58,8%) apresentavam 3 ou mais, sendo ASA 3 e 4 94,1% dos casos (16 casos). 15 pacientes apresentavam colecistite grau 3, sendo os outros 2, indicados devido à pancreatite grave com extensa área de necrose pancreática (>50%) e insuficiência cardíaca descompensada de difícil manejo. Fazendo os cálculos dos escores de gravidade, o APACHE teve mediana 14 e média 13,7. O SOFA: mediana 6 e média 5,7. Em apenas 2 pacientes (11,8%) o USG não evidenciou cálculos. A colecistostomia resolveu 88,2% dos casos, sendo que em 8 pacientes, o dreno foi retirado na média 17,4 dias (mediana 20) e apenas 5 foram candidatos a colecistectomia eletiva sem necessidade de conversão, sendo todas colecistectomias totais sem lesão de via biliar. Devido à colecistite e suas complicações, 9 (52,9%) dos pacientes evoluíram a óbito na mesma internação.

CONCLUSÕES

A colecistostomia é um aliado importante no tratamento da colecistite litiásica, apesar das comorbidades e das complicações da sepse.

PALAVRAS CHAVE

Colecistostomia, Colecistite, Procedimento, Tratamento

Área

MISCELÂNIA