CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TITULO

FRATURA DE FÊMUR NO MUNICÍPIO DE BOA VISTA, RORAIMA

OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo realizar um estudo epidemiológico da fratura de fêmur em Boa Vista/ Roraima entre janeiro de 2012 e abril de 2018. A pesquisa justifica-se pela elevada morbimortalidade, alto índice de incapacidade pós-operatório, principalmente do idoso, e o crescente custo médico-hospitalar relacionados ao tema, tornando-o um importante problema de saúde pública.

MÉTODO

Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, de caráter quantitativo, o qual utilizou com principal fonte de dados o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).

RESULTADOS

Observa-se que a fratura de fêmur é frequentemente associada a traumas de alto impacto por acidentes automobilísticos na população adulta e jovem, enquanto que na população idosa, relaciona-se a patologias como osteoporose, a quedas e mudanças decorrentes da senescência. Dentre os tipos de fraturas, destacam-se, epidemiologicamente, as fraturas diafisárias de fêmur no membro inferior direito de homens jovens e fraturas de colo de fêmur na população idosa, sendo necessário, nessa última, tratamento cirúrgico na grande maioria dos casos, idealmente em um período entre 24 a 48 horas após o trauma. Em Boa Vista, entre 2012 e abril de 2018, ocorreram 1.383 casos de fraturas de fêmur, sendo o ano de 2016 o de maior prevalência (345 casos) e o de 2013 o de menor prevalência (129 casos). Com relação ao gênero, 66,08% dos casos ocorreram em homens e 33,91% em mulheres. Já no que diz respeito a cor/raça, entre os homens os mais acometidos foram os pardos (82,27%), seguidos dos indígenas (2,07%) e brancos (1,64%). A menor prevalência se deu entre os pretos (0,54%), não havendo nenhuma ocorrência entre os amarelos. Convém ressaltar que 13,45% dos homens não possui a raça/cor definida no sistema. Já entre as mulheres, a maior prevalência também foi entre as pardas (81,66%), seguida das indígenas (2,34%) e brancas (0,85%). Não houve nenhuma ocorrência entre as negras e amarelas. 15,13% das mulheres não teve sua cor/raça definida no sistema. Com relação a faixa etária, a maior prevalência para a ocorrência da fratura do fêmur se deu entre a faixa de 20 a 29 anos (26,3%), seguida das faixas etárias de 30 a 39 anos (15%), 15 a 19 anos (10,7%), 40 a 49 anos (19%), e maiores de 80 anos (9,2%). Por fim, vale ressaltar que 2,2% dos casos foram indígenas, sendo 2017 o ano de maior incidência (43%).

CONCLUSÕES

Conclui-se que, dentre os 1.383 casos de fraturas de fêmur atendidos em Boa Vista/ Roraima no período de 2012 a abril de 2018, a maior prevalência se deu entre os homens, pardos, pertencentes a faixa etária de 20 a 29 anos. Ressalta-se, também, a relevância dos resultados encontrados como subsídio na elaboração de políticas públicas de saúde que promovam a redução dos casos e a conscientização da população quanto a prevenção.

PALAVRAS CHAVE

Fratura de fêmur, Roraima, Cirurgia, Epidemiologia

Área

TRAUMA

Instituições

Universidade Federal de Roraima - Roraima - Brasil

Autores

KIM TAVARES MESQUITA, LARISSA SOARES CARDOSO, JULIANA LARISSA LAURIANO RAMOS, GEOVANNA FERREIRA SILVA, BIANCA JORGE SEQUEIRA