CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TITULO

DOENÇA DE CASTLEMAN: ABORDAGEM TERAPÊUTICA

OBJETIVO

Este estudo busca analisar as diferentes condutas terapêuticas disponíveis para a Doença de Castleman, uma disfunção linfoproliferativa rara. O desenvolvimento de trabalhos mostra-se de extrema relevância para o enriquecimento teórico sobre o tema, ainda pouco elucidado pela comunidade científica.

MÉTODO

O presente estudo foi realizado através de uma revisão de literatura, utilizando material já publicado nas bases de dados Scielo, PubMed, Google Acadêmico e Science Direct. Para a pesquisa, os seguintes descritores foram utilizados: Doença de Castleman, Cirurgia e Terapia Combinada. Os critérios de inclusão foram: artigos completos publicados nas línguas portuguesa ou inglesa, no período de 2012 a 2017.

RESULTADOS

A Doença de Castleman é caracterizada como uma hiperplasia linfoide de morfologia distinta, podendo ser um diagnóstico diferencial de algumas neoplasias malignas de linhagem linfoide. Pode possuir sintomatologia, evolução e prognóstico variados, que dependem do posicionamento dos nódulos. Atualmente, ainda não existe um consenso de qual é a melhor terapia para a doença, por isso, a conduta torna-se um dilema para a maioria dos médicos. A escolha do tratamento depende, principalmente, da localização dos nódulos e da forma de manifestação da doença. Os principais tipos disponíveis são a abordagem cirúrgica, a quimioterapia, a radioterapia, uso de corticosteroides, a imunoterapia e os medicamentos antivirais. A abordagem cirúrgica costuma ser a primeira opção para a forma unicêntrica da Doença de Castleman (que acomete, geralmente, o tórax ou o abdômen) e mostrou-se curativa na maioria dos casos. Ressalta-se que a ressecção parcial, a radioterapia, ou até mesmo somente o monitoramento do nódulo podem evitar abordagens agressivas, e, por isso, serem mais benéficos ao paciente. Já na forma multicêntrica (difusa e mais sintomática), a cirurgia não apresenta, até o momento, resultados significativos, e os pacientes são melhores candidatos para terapias de multimodalidades, principalmente a quimioterapia combinada. A imunoterapia tem por objetivo melhorar o sistema imunológico e, como infecções são causas comuns de mortalidade dentre essa população, esse tipo de terapêutica adquire cada vez maior adesão.

CONCLUSÕES

Diante do exposto, conclui-se que, por se tratar de uma doença rara, a Síndrome de Castleman demanda cautela na escolha da terapia mais adequada. A abordagem cirúrgica deve ser avaliada como opção considerando cada caso em sua individualidade de apresentação e possíveis riscos ao paciente. Ressalta-se, também, a importância da continuidade de estudos sobre o tema, a fim de ampliar o conhecimento e as condutas terapêuticas disponíveis.

PALAVRAS CHAVE

Doença de Castleman, Cirurgia e Terapia Combinada

Área

MISCELÂNIA

Instituições

Universidade Federal de Roraima - Roraima - Brasil

Autores

JULIANA LARISSA LAURIANO RAMOS, GEOVANNA FERREIRA SILVA