Dados do Trabalho
TÍTULO
COLECTOMIAS PARA TRATAMENTO DE CANCER COLORRETAL: RESULTADOS DE 5 ANOS.
OBJETIVO
Apresentar os dados coletados referentes aos pacientes submetidos a colectomias entre 2010 e 2015. Estudar as características epidemiológicas tentando definir quais os fatores de risco para a doença, assim como para o resultado do seu tratamento.
MÉTODO
Estudo descritivo transversal, com coleta retrospectiva de dados. Os dados foram tabulados em planilha do Microsoft Excel e avaliados através dos programas SPSS 17.0 e GRAPHPAD PRISM. Considerou-se um nível de significância de 5% (α = 0,05).
RESULTADOS
Foram realizadas 189 colectomias, sendo 43,4% de mulheres. 36,5% dos pacientes apresentaram histórico de tabagismo e somente 10,6% dos pacientes apresentaram histórico familiar de câncer colorretal. 88% apresentavam PS menor ou igual a 2. 5% apresentavam histórico de polipectomia prévia. 12,3% apresentavam histórico prévio de câncer, sendo o mais prevalente de ovário. 18,3% dos pacientes apresentavam alguma alteração no exame de toque retal. 60,5% apresentavam-se com lesões estenosantes. O subtipo histológico mais comum foi o adenocarcinoma em 85,7%. Em 38,1% havia fatores de mal prognóstico na biópsia, sendo que somente 29% apresentavam tumores bem diferenciados. Em 48% dos casos o tumor localizava-se no cólon esquerdo/sigmóide. EM 74% dos casos a lesão inicial era representada por T3 ou T4. Em 36% havia comprometimento linfonodal, e em 29% metástases intra-abdominais à distância. Assim, 40,8% dos pacientes apresentavam-se em estádio II. A via cirúrgica foi laparoscópica em 6,3% dos casos. A ressecção foi considerada R0 em 94,7% dos casos. Em 3,2% dos casos houve sangramento intra-operatório, porém sem necessidade transfusional. Em 36% dos casos ocorreram complicações pós-operatórias graus 2, 3 e 4 de Clavien-Dindo. Em 25,4% dos casos foi realizado algum tipo de estoma, na maior parte dos casos temporário. Foi realizada quimioterapia pós-operatória em 48,7% dos pacientes, sendo a maior parte (40,2%) com intuito curativo adjuvante. Os esquemas mais frequentes foram 5-FU + LV e FOLFOX. Sessenta por cento dos casos apresentaram intercorrências de quimioterapia. Houve recidiva local em 8,5% dos casos e à distância em 11,1%. No momento da coleta de dados (seguimento mínimo de 12 meses), 30,2% dos pacientes haviam ido a óbito.
CONCLUSÕES
O perfil de pacientes tratados com câncer colorretal na instituição representa pacientes com tumores avançados, com relativa agressividade, apesar de altas taxas de ressecção completa, com recidivas neoplásicas.
PALAVRAS CHAVE
Colectomias, Oncologia, Resultados, Complicações
Área
COLOPROCTOLOGIA
Instituições
Hospital Erasto Gaertner - Paraná - Brasil
Autores
Phillipe Abreu-Reis, Flavio Daniel Saavedra Tomasich, Nathan Harmuch Kohl, Raphaella Paula Ferreira, Kelre Wannlen, Vitoria Diana Almeida, Eduardo Da Cas, Julia Goginski