CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

HEPATECTOMIA POR METASTASES NAO COLORRETAIS: ANALISE DOS CASOS OPERADOS ENTRE 2005 E 2015.

OBJETIVO

Apresentar os dados coletados referentes aos pacientes submetidos a hepatectomia por metástases de câncer não colorretal entre 2005 e 2015. Estudar as características epidemiológicas tentando definir quais os fatores de risco para a doença assim como para o resultado do seu tratamento.

MÉTODO

Estudo descritivo transversal, com coleta retrospectiva de dados. Os dados foram tabulados em planilha do Microsoft Excel e avaliados através dos programas SPSS 17.0 e GRAPHPAD PRISM. Considerou-se um nível de significância de 5% (α = 0,05).

RESULTADOS

Foram realizadas 33 hepatectomias, sendo 57,6% em mulheres. 41,3% dos pacientes apresentaram histórico de tabagismo e 22,2% de etilismo. 20,8% dos pacientes apresentaram histórico familiar de câncer. 88,8% dos pacientes apresentaram índice de Zubrod 1 e 2. A localização do tumor primário foi muito variável entre os casos (mama, ovário, GIST, estômago, etc). Em 87,9% dos pacientes a hepatectomia foi realizada em menos de 3 segmentos de Couinaud, sendo em 63,6% metástases únicas. Somente 2 pacientes realizaram quimioterapia pré-hepatectomia. Em 6,1% dos pacientes, foi realizada re-hepatectomia. Em 6,1% dos pacientes foi realizada hepatectomia não regrada para metastasectomia. Em 9% dos casos ocorreram complicações transoperatórias graves como sangramento e lesão vascular. Quanto às complicações pós-operatórias 15,1% dos pacientes apresentaram graus 2 e 3 de Clavien-Dindo, sendo que 67% necessitaram reoperação. Em relação ao prognóstico, 39% dos pacientes atingiram remissão em 6 meses, sendo que 27,7% apresentaram progressão da doença. A taxa de sobrevida em 5 anos foi de 60,6%

CONCLUSÕES

Hepatectomias por metástases de câncer não colorretal apresentam alto índice de complicação cirúrgica devido a complexidade do procedimento, entretanto possibilitam atingir remissão de doenca metastatica avançada em pacientes antes considerados incuráveis. Um pequeno número de pacientes evoluiu com progressão da doença.

PALAVRAS CHAVE

Hepatectomia, Metástase Não Colorretal, Resultados, Complicações

Área

FÍGADO, VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

Hospital Erasto Gaertner - Paraná - Brasil

Autores

Phillipe Abreu-Reis, Flavio Daniel Saavedra Tomasich, Laila Pereira Schneider, Katrin Gebran, Leticia Carlota Bonatto, Thamyle Moda Santana Rezende, Eduarda Ferreira Matoso, Thatiane Litenski