CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

NEFRECTOMIA PARA TRATAMENTO DE TUMOR RENAL: RESULTADOS DE 5 ANOS

OBJETIVO

Apresentar os dados coletados referentes aos pacientes submetidos a nefrectomias entre 2010 e 2015. O trabalho objetiva compreender as características epidemiológicas dos pacientes, fatores de risco para a doença, assim como para o prognóstico.

MÉTODO

Estudo descritivo transversal, com coleta retrospectiva de dados. Os dados foram tabulados em planilha do Microsoft Excel e avaliados através dos programas SPSS 17.0 e GRAPHPAD PRISM. Considerou-se um nível de significância de 5% (α = 0,05).

RESULTADOS

Foram realizadas 132 nefrectomias no período de 2010 a 2015. Dos pacientes submetidos ao procedimento, 43,1% possuíam histórico de tabagismo e 17,42% declararam histórico familiar de câncer. A média do início dos sintomas foi de 3,5 meses com desvio padrão de 5,03, sendo que a dor lombar foi o sintoma mais prevalente (n=35), seguido de hematúria (n=32) e massa abdominal (n=18). Dos pacientes com carcinoma renal, 58,7% tiveram diagnóstico incidental, sendo que 56,8% desses, obtiveram o diagnóstico incial pela tomografia e 30,6 % pela ultrassonografia. Além disso, 26,3% eram obesos, 18,8 portadores de hipertensão arterial sistêmica e 14,1 de diabetes mellitus. O subtipo histológico mais comum foi carcinoma renal de células claras representando 78,3%, seguido do carcinoma papilar com 11,6%. Quanto ao grau de diferenciação (Fuhrman) 52,1% dos tumores eram GII, 24,8% GI e 17,9 GIII. Sobre o tumor primário, 27% dos pacientes eram estadiados como T1b, 27% como T3 e 19,5% como T1a . Em 72,7% dos doentes, os linfonodos regionais não foram avaliados, 22,7% não possuíam linfonodo acometido e 4,7% possuíam metástase à distância. Além disso, durante o inventário da cavidade abdominal 13,2% dos pacientes apresentavam linfonodomegalia. A nefrectomia radical aberta foi escolhida em 62,9% dos procedimentos, seguida da nefrectomia radical laparoscópica em 21,2%. Associou-se linfadenectomia em 53,7 % dos pacientes e adrenelectomia em 25,4%. Cerca de 10,6% dos pacientes fizeram quimioterapia adjuvante. Quanto às complicações durante a cirurgia, 9,1% apresentaram, sendo que 72,7% a complicação foi hemorragia. No pós-operatório, 17,9% dos pacientes complicaram principalmente em razão de hemorragia, deiscência, urinoma e fístula. Quanto ao prognóstico imediato, 6,2% dos pacientes reoperaram e 6,1 faleceram em até 30 dias depois da cirurgia. Do total de pacientes 24,2% não atingiram remissão da doença e 82,5% não apresentaram recidiva. A taxa de óbito foi de 23,4% em 5 anos.

CONCLUSÕES

O perfil de pacientes tratados com câncer colorretal na instituição representa pacientes com tumores avançados, com relativa agressividade. Apesar de altas taxas de ressecção completa as recidivas são frequentes e a mortalidade a médio e longo prazo são altas.

PALAVRAS CHAVE

Nefrectomia, Oncologia, Resultados, Complicações

Área

UROLOGIA

Instituições

Hospital Erasto Gaertner - Paraná - Brasil

Autores

Phillipe Abreu-Reis, Flavio Daniel Saavedra Tomasich, Ronald Kool, Jonatas Luis Pereira, Dirceu Eduardo Teixeira Pinto, Raphaella Paula Ferreira, Regina Maria Goolkate, Beatriz Carrocini