CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

RETOSSIGMOIDECTOMIA PARA TRATAMENTO DE CANCER COLORRETAL: RESULTADOS DE 5 ANOS.

OBJETIVO

Apresentar os dados coletados referentes aos pacientes submetidos a retossigmoidectomia entre 2010 e 2015. O trabalho também objetiva compreender as características epidemiológicas definindo fatores de risco para a doença, assim como taxas de complicações e prognóstico.

MÉTODO

Estudo descritivo transversal, com coleta retrospectiva de dados. Os dados foram tabulados em planilha do Microsoft Excel e avaliados através dos programas SPSS 17.0 e GRAPHPAD PRISM. Considerou-se um nível de significância de 5% (α = 0,05).

RESULTADOS

Foram realizadas 408 retossigmoidectomia, sendo 40,7% eram tabagistas. Sobre o histórico familiar, 12,5% possuíam familiares de primeiro grau diagnosticados com câncer de cólon, sendo que desses 17,4% dos familiares possuíam Síndrome de Lynch. Do total de pacientes 11,1% já realizaram polipectomia prévia e 16,4% já possuíam histórico de neoplasia prévia. A média do CEA no momento do diagnóstico foi de 4,03 com desvio padrão de 61,64. Aproximadamente 50,35% dos pacientes apresentavam alteração no toque retal. Durante a colonoscopia, 47,9% dos pacientes foram diagnosticados com lesão estenosante. O subtipo histológico mais comum foi o adenocarcinoma em 92,67%, do qual 34,3% eram tumores bem diferenciados e 53,4% eram moderadamente diferenciados. Quanto a classificação de Dukes 38,2% eram classificados como Dukes B1 e 27,2% Dukes B2. Além disso, 24,87% apresentavam-se com invasão angiolinfática e 19,4% invasão perineural. Em 16,5% dos pacientes havia acometimento linfonodal. Do total de pacientes 57,4% dos pacientes eram estadiados como T3 e 20,8% como T2. Além disso 60,8% dos pacientes não possuíam acometimento de linfonodo, 25,2 eram N1 e 16,7% possuíam doença com metástase à distância. Dessa maneira, 29,4% estavam no estadio IIA, 21,6% no estadio I e 16,2% estadio IV. A via cirúrgica foi laparoscópica em 15,9% dos pacientes e o tempo médio de cirurgia foi de 293,5 minutos. A ressecção foi considerada R0 em 95,6% dos casos. O sangramento intra-operatório apresentou-se como complicação em 19,6% dos pacientes e 7,4% de todos os doentes necessitaram transfusão intra-operatória. Houve 6,1% de taxa de óbito intra-operatório. Das complicações, 21,8% eram infecciosas. Além disso 27,5% dos pacientes precisaram realizar reoperação. Quanto a quimioterapia 45,1% dos pacientes fizeram terapia adjuvante, 34,8% não realizaram, 26% utilizaram terapia neoadjuvante e 12% paliativa. Quanto ao prognóstico 48% dos pacientes obtiveram remissão da doença 11,8% tiveram recidiva local e 13% à distância. Até a data da coleta dos dados em 2017, 31,9% dos pacientes haviam falecido.

CONCLUSÕES

Os pacientes tratados apresentaram-se no momento do diagnóstico com tumores avançados, com relativa agressividade.

PALAVRAS CHAVE

Reto, Oncologia, Resultados, Complicações

Área

COLOPROCTOLOGIA

Instituições

Hospital Erasto Gaertner - Paraná - Brasil

Autores

Phillipe Abreu-Reis, Flavio Daniel Saavedra Tomasich, Andres Estremadoiro Vargas, Ewerson Cavalcanti Silva, Carla Simone Silva, Kelre Wannlen, Vitoria Diana Almeida, Eduardo Da Cas