CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

PRIMEIRA RETOSSIGMOIDECTOMIA ROBOTICA DO PARANA

INTRODUÇÃO

Relato da técnica de retossigmoidectomia via Robótica para tratamento de um adenocarcinoma em reto médio. O presente relato esta é o primeiro procedimento deste tipo realizado no Paraná, importante na implantação do projeto de cirurgia Robótica (exclusivo para o Sistema Único de Saúde) e padronização dos passos para o referida operação.

RELATO DE CASO

Paciente hipertenso e com quadro de depressão controlado. Encaminhado por um tumor de reto médio. Ao exame físico paciente em bom estado geral, hidratado, obeso, sem massas abdominais palpáveis e sem linfonodomegalias palpáveis. Ao exame de toque retal, apresentou mucosa lisa, sem massas palpáveis e sem sangue em dedo de luva. Após colonoscopia foi identificada uma lesão de 5 cm no reto médio, ulcerada e vegetativa. De acordo com tomografias de estadiamento, não apresentou metástases à distância. A anatomopatológica identificou um adenocarcinoma moderadamente diferenciado. Paciente foi submetido à quimioterapia e radioterapia e após neoadjuvância foi realizada uma colonoscopia na qual não havia doença residual, tatuagem 2cm distal a cicatriz. Foi realizada retossigmoidectomia via Robótica, procedimento transcorreu sem intercorrências. Durante a realização do procedimento foi seguida a padronização dos passos que sera apresentada no vídeo. Alta hospitalar no 4º dia pós-operatório, paciente faz seguimento ambulatorial Sem Evidência de Doença. A anatomia patológica da peça após cirurgia apresentou segmento de retossigmoide com área de fibrose em submucosa e muscular própria, associada a alterações regenerativas em camada mucosa, condizentes com efeitos de tratamento prévio. Margens cirúrgicas livres de neoplasia, de aspecto histológico preservado. Sem linfonodos acometidos.

DISCUSSÃO

Cirurgia inicia com abordagem do abdome inferior, com exposição do reto e sigmoide. Faz-se a liberação das aderências, liberação do ângulo esplênico, liberação da goteira parieto-cólica. É realizada a abertura do peritônio na base do mesocólon direito. Segue-se para a identificação do ureter direito, identificar e tratar dos vasos sigmoideanos. Identificar o ureter esquerdo. Em seguida é necessário realizar a linfadenectomia regional. Faz-se a liberação do reto da pelve, para realização da secção do reto com grampeador linear. Realizada a incisão de Pfannestiel para secção proximal e retirada da peça. Por fim é realizada a confecção da anastomose com grampeador circular. É feita a revisão da hemostasia, revisão final da cavidade e encerramento da cirurgia. Este relato é de suma importância pois demostra o aprimoramento tecnológico das técnicas cirúrgicas, trazendo melhorias para os pacientes. É possível perceber que a Cirurgia Robótica está se tornando cada vez mais comuns no Brasil. Essa tecnologia , apesar de nova, tem muito potencial de crescimento. O beneficio é relvante para os pacientes, especificamente neste projeto dedicado a pacientes oncológicos oriundos do Sistema Único de Saúde.

PALAVRAS CHAVE

Retossigmoidectomia, Robótica, Oncologia, Relato

Área

ROBÓTICA

Instituições

Hospital Erasto Gaertner - Paraná - Brasil

Autores

Phillipe Abreu-Reis, Flavio Daniel Saavedra Tomasich, Danilo Bussyguin Saavedra, Murilo Almeida Luz, Ewerson Cavalcanti Silva, Carla Simone Silva, Andres Estremadoiro Vargas, Adrielle Lima Munhoz