Dados do Trabalho


Título

PSEUDOCISTO ESPLENICO NAO PARASITARIO EM PACIENTE IDOSA SUBMETIDA A ESPLENECTOMIA: RELATO DE CASO

Introdução

Os pseudocistos esplênicos são conhecidos também como cistos falsos ou secundários. A apresentação clínica na maioria dos casos é assintomática, sendo encontrado em exames de imagem como um achado incidental. Todavia, os pacientes podem referir como principal sintoma dor na região do hipocôndrio esquerdo, dependendo do tamanho da lesão. O diagnóstico pode ser realizado por meio de exames de imagem, como tomografia computadorizada de abdome. O quadro raramente evolui com complicações como ruptura ou hemorragia. O tratamento de escolha para os cistos de maior tamanho é a esplenectomia total. Relatamos o caso de paciente idosa com pseudocisto esplênico submetida a esplenectomia total.

Relato de Caso

Paciente sexo feminino, 77 anos, procura atendimento devido queixa de dor abdominal em hipocôndrio esquerdo ha 1 ano, sem outros sintomas associados. Negava comorbidades. Submetida a tomografia de abdome que evidenciou formação cística exofítica no polo inferior do baço com cerca de 9,7 x 8,4 cm, sem características específicas de malignidade. Devido ao tamanho da lesão e quadro algico importante referido pela paciente foi optado pela abordagem cirúrgica.Paciente submetida a vacinação para germes encapsulados no pré-operatório. No intra operatório evidenciado lesão cística de grande volume no polo inferior, sendo optado pela realização de esplenectomia total. O anatomo patológico evidenciou pseudocisto esplênico, sem sinais de malignidade. Recebeu alta em boas condições e segue em acompanhamento ambulatorial.

Discussão

Os pseudocistos são responsáveis por cerca de 75% dos cistos não parasitários do baço. Podem ser secundários a trauma, infecção ou infarto. A maioria deles é solitário e assintomático. Cistos esplênicos são tumores abdominais incomuns e podem ser classificados em tipo I (primários ou verdadeiros) e tipo II (secundários ou pseudocistos). Os cistos tipo II, caso da paciente relatada acima, não possuem cápsula e são comumente encontrados após trauma esplênico contuso. A maioria dos pacientes são assintomáticos, entretanto, pacientes com cistos maiores que 8 cm podem apresentar dor no hipocôndrio esquerdo por distensão da cápsula esplênica ou por compressão de estruturas adjacentes. O diagnostico geralmente é realizado através de exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia computadorizada. Os cistos maiores que 4/5 centímetros devem ser submetidos a tratamento cirúrgico devido ao risco de ruptura. A esplenectomia total ainda é o tratamento de escolha, sendo que ressecções parcias estão sendo cada vez mais aceitas. Após a esplenectomia, os pacientes apresentam maior risco de infecções graves e portanto é recomendado a vacinação contra o S. pneumoniae, N. meningitidis e H. influenzae tipo B. As vacinas devem ser administradas pelo menos 2 semanas antes de cirurgias eletivas e 2 semanas após cirurgias de emergência

Palavras Chave

pseudocisto, baço, esplenectomia

Área

MISCELÂNEA

Instituições

HOSPITAL GERAL DE CARAPICUIBA - São Paulo - Brasil

Autores

BIANCA OLIVEIRA SANTOS, JESSICA BURACK, MARIANA DA CRUZ E SILVA, ROBERTO EDUARDO DONOSO RIVERO, MELISSA NICOLE MONTANO ROJAS, FERNANDA MARIA DAMASCENO SHIMADA, PRISCILA PAMELA DA SILVA, BRUNO AMANTINI MESSIAS