Dados do Trabalho


Título

REDE HEMOSTATICA NO TRATAMENTO DAS GINECOMASTIAS COMO PREVENÇAO DE HEMATOMA

Objetivo

Descrever a utilização de rede hemostática percutânea no tratamento das ginecomastias, para diminuir a incidência de hematoma no pós operatório, prescindindo da utilização de drenos.

Método

No período entre agosto de 2018 e março de 2020, foram submetidos a tratamento de ginecomastia 10 pacientes, com idade entre 15 e 59 anos, no total de 19 mamas, no Hospital Clementino Fraga Filho da UFRJ e na clínica privada.
Adenectomia com lipoaspiração foi realizada em 06 pacientes e somente adenectomia, em 04. Nove pacientes tiveram tratamento bilateral e em um, unilateral esquerdo. A via da adenectomia foi infrareolar (Webster) em todos os pacientes.
A rede hemostática nos segmentos superior, inferior e areolar foi realizada em 05 pacientes e nos 05 primeiros não foi realizado no segmento areolar. Dentre os 05 primeiros, em 01 caso foi realizada apenas no segmento superior. A
A rede é realizada com fio prolene 2.0 ou 3.0 com agulha cilíndrica de preferencia 2.5 cm para não “cortar” o músculo peitoral maior. Após a hemostasia, antes do fechamento da incisão da adenectomia, portanto por visualização direta, a sutura é iniciada em uma das extremidades da área descolada, penetrando a pele, transfixando uma porção do músculo e voltando à pele. Essa manobra é repetida até a extremidade oposta e retorna, em sutura contínua, ao ponto de partida. Posteriormente a reproduzimos também, de forma semelhante, contornando o complexo aréolopapilar.
Em nenhum paciente desta série foram utilizados drenos.
A rede foi retirada entre 48 e 96 horas variando com a disponibilidade da consulta pós operatória

Resultados

A causa da ginecomastia foi idiopática ou hormonal em 09 pacientes e 01 paciente após uso de anabolizante
Do total de 19 mamas apenas em 01 (uma) (5,2%) ocorreu hematoma limitado à região retroareolar, tendo sido o primeiro caso desta série onde não foi realizado a rede no segmento areolar.
A rede não causou nenhuma sequela cicatricial (marcas na pele) nem pigmentação nos locais da transfixação da agulha.

Conclusões

A utilização da rede hemostática foi um procedimento adicional ao tratamento da ginecomastia, tendo sido eficiente na prevenção do hematoma pós operatório.

Palavras Chave

Hematoma, Ginecomastia, Cirurgia Plastica, Rede hemostática

Área

CIRURGIA PLÁSTICA

Instituições

Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

JOAO MEDEIROS TAVARES FILHO, ANDRE LUIS NOGUEIRA, IVAN DEMOLINARI, LUCAS MAIA, DIOGO FRANCO, CESAR CLAUDIO-DA-SILVA, RAQUEL TOBIAS MEDEIROS TAVARES, CARLOS PORCHAT