Dados do Trabalho


Título

MANEJO DE ESTENOSE CONGENITA DE TRAQUEIA – RELATO DE CASO

Introdução

As estenoses traqueais congênitas são malformações raras associadas à redução do calibre da via aérea, com alto risco de mortalidade. Sua raridade e diversas apresentações dificultam o diagnóstico precoce e podem conduzir ao tratamento inadequado. Outras malformações congênitas, principalmente cardíacas e dos grandes vasos, podem desviar a atenção da equipe quanto ao diagnóstico. A terapêutica adequada depende da qualidade da lesão, grau de estenose, extensão, causa, localização, urgência dos sintomas, material, técnica disponível e experiência do cirurgião.

Relato de Caso

Feminino, 41 semanas, parto cesáreo de emergência, nascida em parada cardiorrespiratória, realizada reanimação. Diagnóstico de CIV e estenose importante de valva pulmonar aos 4 meses. Paciente comparece ao atendimento aos 5 meses com queixa de êmese pós mamada, associado a fadiga, dispneia, cianose labial ao choro, sinais de esforço respiratório, estridor ins e expiratório e sibilância. Há histórico de internação prévia com quadro de IVAs e Laringotraqueíte; e diagnostico de hiperreatividade brônquica e laringite aguda. Após reavaliação e submetida a Nasofibroscopia e Tomografia Computadorizada da região cervical, paciente é diagnosticada aos 7 meses com estenose traqueal congênita longa (maior que 2/3 da extensão total da traqueia), estendendo-se ao brônquio direito. Foi realizada a tentativa de reconstrução da traqueia e traqueostomia baixa. Devido à extensão da estenose e ao estado clínico debilitado, paciente evoluiu para coma em UTI e óbito por insuficiência respiratória.

Discussão

Havia uma estenose extensa, embora pouco intensa, o que permitiu a sobrevivência da criança até a idade do óbito, a partir do quarto anel traqueal e que envolvia ambos os brônquios, no qual as terapêuticas disponíveis foram ineficazes. Assim, espera-se o surgimento de novas terapêuticas mais adequadas a esta extensão de estenose.

Palavras Chave

Estenose traqueal; Doença congênita; Estridor laríngeo.

Área

CIRURGIA CABEÇA E PESCOÇO

Instituições

Faculdade de Medicina de Marília - São Paulo - Brasil

Autores

Fernanda Bombonato Smecellato, Lucas Ricardo Benfatti Marsilli, Silvio Antonio Bertacchi Uvo