Dados do Trabalho
Título
ANALISE DO PERFIL EPIDEMIOLOGICO E CUSTO POR DOENÇA DO APENDICE DO ANO DE 2019 EM CARATER DE URGENCIA NO ESTADO DE SAO PAULO
Objetivo
Analisar o grupo etário prevalente em internações por doença do apêndice (DA) em caráter de urgência na população de São Paulo, analisando mortalidade, média de dias de internação, sexo e custo gerado ao sistema de saúde pública.
Método
Estudo ecológico realizado a partir de dados do Sistema de Internações Hospitalares (SIH-SUS) e estimativas de população da Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA). Coletou-se dados das taxas de internação em caráter de urgência, mortalidade hospitalar e custo relacionado a DA em São Paulo em 2019. A estratificação das FE seguiu os parâmetros do DATASUS, sendo FE1: menor que um ano, FE2: 1 a 4 anos, FE3: 5 a 9 anos, F4: 10 a 14 anos, FE5:15 a 19 anos, FE6: 20 a 29 anos, FE7: 30 a 39 anos, FE8: 40 a 49 anos, FE9: 50 a 59 anos, FE10: 60 a 69 anos, FE11: 70 a 79 anos, FE12: 80 ou mais. As taxas apresentadas foram calculadas da ordem habitante/100.000 mil.
Resultados
Foram encontradas 24.799 internações. A FE com o maior número de internações foi FE6, apresentando um total de 5.752, correspondente a 23% do total. Houve prevalência de internação no sexo masculino, com o total de 14.289 casos, aproximadamente 58%. A menor taxa de mortalidade foi encontrada nas FE5 e FE6, 0,06 e 0,12, respectivamente. Observou-se aumentos significativos nos extremos etários, sendo 7,14 na FE1 e 10,99 na FE12. Sobre taxa de internação, os grupos FE3 e FE4 tem maior expressão, com 120,24 e 112,96, respectivamente. As menores taxas de internação foram em FE1 (17,90) e FE12 (8,71). Quanto a média de dias de internação, FE5 e FE6 apresentaram 2,6 dias enquanto os extremos, tiveram média maior que 7,2 dias. O valor de serviços hospitalares foi de R$ 12.752.542,56.
Conclusões
O presente estudo evidenciou um alto custo gerado ao sistema de saúde, compatível com a grande prevalência da doença e o tratamento de eleição cirúrgico. No que tange às taxas de internação, notou – se maior prevalência em FE6 que correspondente a população de adultos jovens. Apesar disso, essa mesma população foi responsável pelas menores taxas de mortalidade, este achado sugere uma maior resistência desse grupo contra complicações de DA. As FE1 e FE12 apresentaram as menores taxas de internação, entretanto, também corresponderam às maiores taxas de mortalidade. Este comportamento é sugestivo de maior vulnerabilidade de neonatos, bebês e idosos. Acredita-se que a alta mortalidade em idosos se relaciona com alterações metabólicas e maior prevalência de comorbidades, inerentes a esse grupo.
Palavras Chave
Doença do Apêndice, Epidemiologia, Custo, Urgência, São Paulo.
Área
URGÊNCIAS NÃO TRAUMÁTICAS
Instituições
Universidade Federal de Goiás - Goiás - Brasil
Autores
Danilo Oliveira Amaral, Jonatan Eduardo Silva, Lenise Moreira da Silva, Rafael Ferreira Martins, Gabriela Avelino Chaveiro, Leonardo Rogowski, Juliana Penso Silveira, Kalley Santos Cavalcante