Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES SUBMETIDOS A COLECISTECTOMIA E SUA EPIDEMIOLÓGICO COM INTERNAÇÃO PROLONGADA

Objetivo

Analisar a prevalência e as características sociodemográficas e clínicas de pacientes submetidos à colecistectomia no período de abril de 2018 até abril de 2019. Caracterizar possíveis fatores epidemiológicos que possam estar relacionados a internações prolongadas. Correlacionar possíveis fatores que influenciam no aumento do tempo de internação. Propor estratégias que possam solucionar eventuais causas modificáveis de internação prolongada para reduzir recursos desprendidos.

Método

Estudo retrospectivo, quantitativo e transversal, com análise de prontuários eletrônicos de pacientes colecistectomizados no período de um ano. Foram avaliados dados como gênero, idade, comorbidades, nacionalidade, metodologia cirúrgica (colecistectomia ou videolaparóscopia), tipo de abordagem (eletiva ou urgência) e tempo de internação. Como critério de exclusão considerou-se prontuários com informações insuficientes e pacientes submetidos a procedimentos mais complexos que colecistectomia, totalizando 232 indivíduos. Todos os dados foram lançados em planilha e posteriormente avaliados com auxílio do software R versão 3.4.4. Realizado análise descritiva e comparações de médias com o teste t de Student para amostras independentes. Os dados categóricos foram resumidos através de proporções e as comparações destes intragrupos foram realizadas pelo teste qui-quadrado de Pearson.

Resultados

O gênero mais acometido foi o feminino (70.67%). A idade média dos pacientes foi de 46,85 anos. 53,8% dos pacientes declararam presença de alguma doença crônica, sendo desses 53,6% portadores de HAS e 22,5% de DM; enquanto 147 (63,3%) negaram uso de bebidas alcoólicas, tabagismo ou outras drogas. A maioria (72,89%) era de brasileiros, 21,7% era de bolivianos e 0,4% de vietnamitas. A maioria foi submetida a colecistectomia aberta (75,86%), as urgências foram mais frequentes (59,9%) e a principal causa foi a colecistite aguda (53,8%). O tempo de internação médio global foi de 3,7(±4,03) dias, sendo considerado internação prologada os paciente que permaneceram 3 ou mais dias internados (65) com média de 7,58(±6,27) dias de internação nesse grupo. Considerando o grupo de incluídos não houve relação estatística válida para associar os fatores com internação prolongada.

Conclusões

O perfil dos pacientes assistidos no hospital em análise é de mulher, com média de idade de 45 anos, não-etilistas, não-tabagistas, portadora de hipertensão arterial sistêmica e submetida a colecistectomia aberta de urgência por quadro de colecistite aguda litiásica. Permitindo-se concluir que o serviço é mais voltado para atendimento de urgência. E que as limitações de recursos no que diz respeito ao uso de material de videolaparoscopia no pronto socorro, fazem com que as cirurgias abertas ainda sejam uma realidade de serviços públicos. Apesar de já bem determinado a diferença de tempo de internação relacionada a abordagens cirúrgicas, não foi possível evidenciar, nesse estudo, fatores estatisticamente significativos.

Palavras Chave

Colecistopatia calculosa, colecistite aguda, hospital público, administração hospitalar, permanência prolongada, videlaparoscopia, cirurgia aberta

Área

VIAS BILIARES

Instituições

Conjunto Hospitalar do Mandaqui - São Paulo - Brasil

Autores

Jonathan Suyan Sousa Andrade, Helbert Minuncio Pereira Gomes, Cristian Rene Arcienega Zambrana, Eudes Carvalho Assis Filho, Patricia Harumi Hirata, Marcio Apodaca-Rueda, YANKA COSTA MELO SILVA, Maurício Andrade Azevedo