Dados do Trabalho


Título

ATIVIDADE ANTIPROLIFERATIVA DO VENENO DA ABELHA APIS MELIFERA E MELITINA EM TUMOR DO TIPO TRIPLO NEGATIVO

Objetivo

O câncer é um problema de saúde pública que acomete milhões de pessoas, representando cerca de 12% das mortes pelo mundo. O tratamento para a doença é complexo e inclui diversas modalidades de terapias, que embora comumente utilizadas, nem sempre são efetivas e causam uma série de efeitos colaterais. Dessa maneira, fica evidente a necessidade da busca para melhores terapias para o tratamento da doença. Entre as alternativas que mostram grande potencial terapêutico em estudos, podemos citar o uso do veneno da abelha Apis Mellifera e o fragmento do seu veneno, a melitina, que tem apresentado grande efetividade em induzir apoptose, inibição da proliferação, inibição da angiogênese, parada do ciclo celular e inibição de metástase em linhagens celulares de câncer. Especificamente para tratar pacientes com o carcinoma de mama do tipo triplo negativo é recorrente a combinação de cirurgia (quando diagnosticado em estágios iniciais da doença), radioterapia (utilizado muitas vezes com um tratamento adjuvante após o procedimento cirúrgico, diminuindo a chance de recorrência) e a quimioterapia. O tratamento nem sempre é efetivo e isso pode ser decorrente de diversos fatores como: carga inicial do tumor elevada, resistência a medicação, entre outras hipóteses ainda em estudo. O objetivo é escanear a atividade antiproliferativa do veneno de abelha Apis mellifera e da melitina em tumor de mama triplo negativo para possível uso observando sua toxicidade em tecido ovariano.

Método

Atividade antiproliferativa foi realizada in vitro (MTT) em cultura de linhagens de células de tumor de mama triplo negativo e linhagem de célula germinativa com a MEL e veneno de abelha.

Resultados

A MEL apresentou maior atividade antiproliferativa em linhagem celular MDA-MB (tumor de mama triplo negativo), com 50% de morte celular com uma concentração de ~2,441 µg/ml e resposta citotóxica célula CHOK1 (ovário normal) em uma concentração correspondente a 35,62 µg/ml, ou seja, uma dose muito superior a dose terapêutica. Além disso, o tratamento com o BV se mostrou inferior a melitina, sendo necessário uma dose que variou entre 53,38 e 60,13µg/ml para inibir resposta tumoral em célula do tipo MDA-MB231.

Conclusões

Obteve-se resposta de citotoxicidade da MEL na linhagem celular MDA-MB, um tumor de mama triplo negativo, que ainda não possui tratamento específico e de grande impacto na mortalidade da população. A MEL apresenta potencial para ser testada em modelo animal de tumor de mama/MDA-MB sem efeito tóxico em células ovarianas normais, sugerindo tratar-se de uma melhor alternativa à quimioterapia usual e uma possibilidade de adjuvância ao tratamento cirúrgico do tumor, que ainda não possui um tratamento bem estabelecido e resolutivo.

Palavras Chave

meliteno, neoplasia da mama, ensaios de seleção de medicamentos antitumorais

Área

GINECOLOGIA

Instituições

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO - São Paulo - Brasil

Autores

ISABELA DARIVA, GABRIELA COMELLI ZORNOFF, DENISE GONÇALVES PRIOLLI, MAYCON GIOVANI SANTANA, GIULIA CARLI MENDES, JULIANA MOZER SCIANI