Dados do Trabalho


Título

CIRURGIA BARIATRICA: TECNICA SLEEVE X CONVENCIONAL

Objetivo

Este trabalho objetivou comparar as técnicas (Sleeve e Convencional) usadas na Cirurgia Bariátrica, tendo em vista fatores como perda de peso e efeitos colaterais advindos dos procedimentos, uma vez que é necessária a conscientização e conhecimento sobre as complicações e riscos trazidos pelo processo cirúrgico.

Método

Revisão sistemática de literatura, com síntese de evidências, na qual, a busca de artigos foi feita nas bases de dados do PubMed e Scielo a partir dos descritores “cirurgia bariátrica e técnicas cirúrgicas ” restringido aos anos de 2015 a 2020. Identificou-se 89 artigos, no qual incluímos 20 artigos que apresentaram o conteúdo de forma clara e concisa.

Resultados

Estudos apontam pontos positivos e negativos de cada técnica, sendo os primeiros procedimentos realizados com o intuito de criar um grande efeito disabsortivo, o que levava a exclusão de grande parte do intestino delgado. Com o tempo e aprimoração, houve destaque de dois métodos, sendo eles: Bypass gástrico em Y de Roux (BGYR) e Cirurgia de Sleeve (CS). A CS é restritiva, em que o único órgão alterado é o estômago, assim, com a preservação do duodeno no trânsito alimentar, não há interferência com o sítio de absorção de vitaminas e sais. Entretanto, trata-se de um método irreversível e pode produzir complicações graves, como uma fístula junto ao ângulo de Hiss e uma deiscência de sutura gástrica. Já a BGYR é mista (restritiva e disabsortiva), apresenta uma elevada eficiência e baixa mortalidade. Após a realização da cirurgia, a ingestão de carboidratos pode originar a Síndrome de Dumping, caracterizada por náuseas, vômitos, dor epigástrica, rubor e sintomas de hipoglicemia. Apesar desses sintomas, ela representa um importante papel na perda de peso, porém por tempo limitado. Suas complicações mais comuns são fístulas, estenoses, úlceras anastomóticas, hernias internas. Um estudo transversal com 11.944 pacientes, em que 6.630 foram submetidos à BGYR e 5.314 à CS. Dos que realizaram à BGYR, 79,86% de 2.281 apresentaram resolução do DM2; 73,28% de 3.172 da dislipidemia; 68,11% de 2.958 da HAS. E dos pacientes que fizeram CS, 79,38% de 1.424 apresentaram resolução do DM2; 58% de 1.653 da dislipidemia; 52,27% de 2.326 da HAS.

Conclusões

Conclui-se no presente estudo, que as modalidades de cirurgia bariátrica possuem resultados eficazes no tratamento da obesidade mórbida e no controle de comorbidades. Cada procedimento apresentou sua particularidades, em que foi de muita relevância o uso da forma BGYR no controle dos níveis glicêmicos pacientes com DM2, embora a técnica de Sleeve seja a mais moderna. No que tange, as outras morbidades, as duas técnicas obtiveram resultados semelhantes no controle da dislipidemia e da HAS. Contudo, independente do método escolhido, é imprescindível que seja associado a reeducação alimentar, atividades físicas e apoio psicológico para o tratamento curativo da obesidade.

Palavras Chave

Obesidade; Comorbidades; Técnica cirúrgica; Metabolismo; Perda de peso.

Área

CIRURGIA DA OBESIDADE

Instituições

UNIPÊ - Paraíba - Brasil

Autores

Max Matias Marinho Júnior, Brenda de Souza Ribeiro, Camille Feitoza Paredes Gomes