Dados do Trabalho


Título

CENARIO EPIDEMIOLOGICO BRASILEIRO DA COLPOCLEISE DE LE FORT NOS ULTIMOS 5 ANOS

Objetivo

Analisar os aspectos das colpocleises (cirurgia de Le Fort) realizadas no Brasil nos últimos 5 anos e comparar os resultados entre as regiões do Brasil nesse mesmo período.

Método

Trata-se de estudo epidemiológico descritivo e retrospectivo, com dados coletados entre maio de 2015 e maio de 2020, utilizando as informações de Procedimentos Hospitalares do SUS, disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram incluídas todas as pacientes que foram submetidas a colpocleise de Le Fort na rede hospitalar SUS do Brasil, tendo como variáveis analisadas: número de internação e de óbitos, taxa de mortalidade, média de permanência, complexidade e região.

Resultados

Diante da amostra analisada, 52,5% das internações concentravam-se na região Sudeste (SE), sendo o estado de São Paulo responsável por 69,77% do total da região, seguido da região Nordeste (NE) com 18%, com destaque para a Bahia, com 41,26%. Com relação ao ano do procedimento, o que registrou maior número de casos foi 2019, com 25,7%, seguido por 2018 com 22,15%. A média de permanência hospitalar foi de 2,6 dias, e a de gastos durante a internação foi de R$ 416,07 por paciente. Todos as 1941 internações foram classificadas como média complexidade. Quanto aos desfechos, 2 pacientes vieram a óbito, ambos constatados em 2019 na região Sudeste, resultando em taxa de letalidade de 0,10%.

Conclusões

Com base na análise epidemiológica, conclui-se que o Sudeste e o Nordeste do Brasil se destacam quanto ao número de procedimentos. Além disso, apesar de pouca variação nos anos de 2015 e 2020, aparenta ter acontecido um aumento do número de procedimentos com o passar do tempo. Devido a grande relação do prolapso de órgão pélvico com o envelhecimento, a colpocleise mostra-se como o tratamento ideal para mulheres que não possuem vida sexual ativa, uma vez que trata-se de uma cirurgia que oclui o canal vaginal, ou que não poderiam submeter-se a procedimentos mais extensos e de maior risco, já que possui uma segurança técnica, a qual é refletida na taxa de letalidade.

Palavras Chave

Epidemiologia; colpocleise; brasil.

Área

GINECOLOGIA

Instituições

Centro Universitário Tiradentes - Alagoas - Brasil

Autores

Laís Maria Pinto Almeida, Ádila Cristie Matos Martins, Alessandra Soares Vital, Louise Mendonça Vaz