Título

DISSECÇAO AGUDA DA AORTA STANFORD B - RELATO DE CASO

Introdução

A dissecção aórtica aguda é uma emergência vascular com alto índice de mortalidade. Sua fisiopatologia envolve uma súbita separação da camada média do vaso, levando à infiltração de coluna de sangue em um espaço virtual formado entre a íntima e a adventícia, determinando falsa luz e formação de hematoma.
O quadro clínico é variado e o diagnóstico deve ser considerado mediante a dor precordial ou toracoabdominal ("em facada") de forte intensidade, normalmente associado à hipertensão arterial grave. A gravidade relaciona-se com possíveis complicações como ruptura aórtica, dissecção retrógrada ou hipertensão refratária.

Relato de Caso

Masculino, 72 anos, tabagista, hipertenso mal controlado. Dá entrada em pronto atendimento do hospital em Catanduva-SP apresentando quadro de dor torácica de forte intensidade, com irradiação para região dorsal, associado a pico hipertensivo (PA= 210/110mmhg).
Realizado angiotomografia que revelou dissecção aórtica Stanford B, com comprometimento do território vascular visceral e ilíaco. Iniciado terapia medicamentosa endovenosa em unidade de terapia intensiva com dificuldade de controle pressórico e álgico.
Devido a persistência dos sintomas, optado pelo tratamento endovascular com implante de endoprótese aórtica, apresentando controle dos sintomas após.

Discussão

O relato reforça a necessidade de se considerar o diagnóstico de dissecção aórtica aguda em casos de dor torácica. Dissecção aórtica Stanford B deve ser tratada inicialmente de maneira clínica, estando a cirurgia indicada para sintomas persistentes, refratariedade ao tratamento clínico, complicações ou dilatações aneurismáticas.
O diagnóstico deve ser preciso e a terapia deve ser iniciada de modo rápido e agressivo. Neste contexto, o tratamento endovascular se mostrou eficaz, com boa taxa de sobrevida.

Palavras Chave

Dissecção; Dor torácica; Stanford; Endovascular