Dados do Trabalho


Título

STENTS ESOFÁGICOS NO TRATAMENTO DO SANGRAMENTO DIGESTIVO DE ORIGEM VARICOSA

Objetivo

Revisar a literatura de maneira sistemática a fim de analisar a influência dos stents auto-expansíveis de metal no tratamento da hemorragia digestiva alta de origem varicosa.

Método

Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, na principal base de dados da literatura médica (PubMed), seguindo o protocolo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Os descritores utilizados foram: Varizes esofágicas e gástricas/Esophageal and Gastric Varices, Hemorragia Gastrointestinal/Gastrointestinal Hemorrhage, Endoscopia/Endoscopy, Hipertensão Portal/ Portal Hypertension, Stents/Stents. Sendo incluídos apenas artigos completos, publicados nos últimos 5 anos e em língua portuguesa, inglesa ou espanhola e excluídos artigos duplicados. De modo a evitar artigos duplicados e viés científico, dois revisores independentes realizaram a análise dos resumos dos artigos selecionados.

Resultados

Os sangramentos por varizes esofágicas são responsáveis por cerca de 70% das hemorragias digestivas altas em pacientes com cirrose. Nesse grupo as falhas terapêuticas iniciais com endoscopia e tratamento medicamentoso são de até 20% e apresentam maior risco de mortalidade (11-50%). Efeitos adversos das terapêuticas instauradas trouxeram a alternativa do uso de stents para interromper o sangramento. Estudos mostraram taxas de sucesso de até 96,7% em pacientes tratados com Stents auto-expansíveis de metal (SEMS) em sangramento refratário decorrente de varizes esofágicas. Uma série de estudos têm sido realizados comparando as principais técnicas para o controle de sangramentos decorrentes de varizes esofágicas. Estudos comparativos entre Stents auto-expansíveis de metal (SEMS) e o uso do balão de Sengstaken-Blakemore, mostraram maior sobrevida com ausência de eventos adversos graves nos pacientes tratados com SEMS em comparação ao tamponamento com balão (66% vs 20%). O controle do sangramento também foi maior no grupo tratado com SEMS, atingindo taxa de 85% contra 47% dos tratados com balão. Taxas de pacientes que apresentaram necessidade de transfusão sanguínea foram menores em pacientes tratados com SEMS (15% vs 47%).

Conclusões

Embora a quantidade de estudos publicados até o momento ainda seja reduzida, encontrou-se uma maior taxa de sucesso, associado a menores taxas de eventos adversos e ressangramentos quando utilizado stents em comparação com as demais técnicas de controle.

Palavras Chave

Varizes esofágicas e gástricas; Hemorragia Gastrointestinal; Endoscopia; Hipertensão Portal; Stents

Área

ESÔFAGO

Instituições

Universidade de Santo Amaro - São Paulo - Brasil

Autores

José Héracles Rodrigues Ribeiro de Almeida, Érica Corrêa Rodrigues Giriboni, Gabriel Ribeiro de Souza, Diogo Hissashi Kyaga, Elias Jirjoss Ilias, Orlando Contrucci Filho