Dados do Trabalho


Título

COLANGIOCARCINOMA INTRA-HEPATICO: REVISAO

Objetivo

Colangiocarcinoma é um grupo de malignidades altamente heterogêneas que acometem a árvore biliar. É dividido em: intra-hepático (iCCA), peri-hilar (pCCA) e distal (dCCA). O iCCA surge acima dos ductos biliares de segunda ordem e, a inserção do ducto cístico é o ponto de distinção anatômica entre pCCA e dCCA. O iCCA apesar de raro- cerca de 10-20% dos colangiocarcinomas, teve incidência e mortalidade globalmente aumentada nas últimas décadas. Objetivo deste trabalho é realizar uma revisão da literatura.

Método

Revisão bibliográfica em bases digitais nos últimos 3 anos.

Resultados

A incidência do iCAA é semelhante entre ambos os sexos e acomete mais pessoas quando acima de 45 anos. Apesar de múltiplos fatores de risco como: diabetes mellitus, obesidade, alcoolismo, tabagismo, colangite esclerosante primária, cistos nos ductos biliares, hepatites B (HepB), C (HepC) e mutações genéticas; a maioria dos casos ocorre sem a presença desses. Icterícia é pouco frequente e está mais associada à doença avançada, assim como astenia, dor abdominal, náusea e perda de peso. Devido a clínica silenciosa nos estágios iniciais, dificuldade de acesso da localização anatômica e alta natureza desmoplásica geralmente é descoberto ao acaso, por exame de imagem. A tomografia computorizada acompanha a evolução do tumor, sua relação com as estruturas adjacentes e possível invasão torácica e abdominal. A ressecção tumoral ainda é a única opção potencialmente curativa, embora apenas uma pequena porcentagem de pacientes seja elegível e a taxa de recorrência seja alta. Quando patologia está em estágio irresecável, volta-se aos tratamentos paliativos. Inclui-se como controle dos fatores de risco para prevenção da doença: vacinação e tratamento para HepB, tratamento para HepC, abordagem da obesidade, redução do alcoolismo e tabagismo. Imunoterapia é considerada como promissora. Dados acerca do transplante hepático são preliminares e controversos, mas podem ser de grande valor para pacientes com cirrose e tumores menores que 2 cm

Conclusões

A apresentação silenciosa do iCCA gera diagnóstico em estágios avançados com importante repercussão na sobrevida. A ressecção cirúrgica é a única opção potencialmente curativa, porém elegível para poucos. Novas terapias adjuvantes mostram-se promissoras, contudo, necessitam de mais estudos.

Palavras Chave

Cirurgia, fígado, pâncreas, vias biliares.

Área

VIAS BILIARES

Instituições

UNAERP - São Paulo - Brasil

Autores

Júlia Pentagna Pereira Silva, Laura Minelli Cantoia, Vinicius Magalhães Rodrigues Silva