Dados do Trabalho


Título

ANALISE COMPARATIVA DA OCORRENCIA DE NEOPLASIAS MALIGNAS DO ESTOMAGO E DE COLON NO BRASIL NOS ULTIMOS TRES ANOS.

Objetivo

Analisar a relação entre o número de internações por neoplasias malignas do estômago e de cólon e a mortalidade por essas afecções nos últimos três anos, além de outros aspectos epidemiológicos, nas diversas regiões do Brasil, apontando os desafios na detecção precoce destas patologias.

Método

Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, nas regiões do Brasil, com dados do SIH/SUS, disponibilizados pelo DATASUS, no período de 2017 a 2019.

Resultados

Ao analisar os dados a partir da plataforma de dados DATASUS, observa-se que, no Brasil, nesses últimos três anos, o total de internações devido à neoplasia maligna do estômago foi de 89.899, sendo a maior parte desses concentrados na região Sudeste 38.518 (42,8%) e a região com menor número de casos foi a Norte com 3.963 (4,4%). Por outro lado, a neoplasia maligna do cólon, nesse mesmo intervalo, provocou um total de 148.086 internações, mostrando um valor cerca de 64% mais alto em comparação ao obtido no acometimento gástrico. Sua maioria também se concentra na região Sudeste, com 68.035 (46%), e a minoria na região Norte, com 2.725 (1,8%). Na patologia intestinal, houve um leve predomínio de casos em mulheres (74.654) em relação aos homens (73.432). Observa-se uma inversão desses números no tocante ao acometimento gástrico, evidenciando uma grande incidência do sexo masculino, com 57.700 (64% do total). No que tange à faixa etária, o maior número de casos, em ambos os tumores malignos, foi entre 60 e 69 anos, compreendendo 70.360 (30% do total), já a faixa menos acometida abrange as pessoas com menos de um ano de idade, com 125 casos (0,05% do total). Com relação à etnia, em ambos os cânceres há um predomínio pela população branca 119.308 (50% do total). Dos 89.899 internados pela neoplasia gástrica, 13.891 foram a óbito (15,4%), enquanto que na neoplasia do cólon houve uma menor taxa de mortalidade, sendo cerca de 8%.

Conclusões

Entre as regiões brasileiras, a de maior prevalência tanto para as neoplasias de estômago quanto para as neoplasias de cólon foi a região Sudeste e a de menor prevalência para esses tumores malignos foi a região Norte. É evidente também que as neoplasias de cólon possuem maior predomínio sobre as de estômago. Sabemos que, em ambas as neoplasias, as manifestações clínicas só aparecem, geralmente, quando o tumor já está avançado. Além disso, são patologias com fatores de risco multivariados, dentre os quais podemos destacar os hábitos de vida modificáveis. Assim, o foco deve ser na prevenção e promoção de saúde. É necessário, para tanto, que se busque entender quais as principais causas que levam a essas neoplasias, em cada região, no intuito de que, a partir dessas informações, sejam desenvolvidas estratégias que possam diminuir essas ocorrências, além de estabelecer programas de detecção precoce.

Palavras Chave

Câncer; epidemiologia; diagnóstico precoce.

Área

ESTÔMAGO E INTESTINO DELGADO

Instituições

Centro Universitário de João Pessoa - Paraíba - Brasil

Autores

Max Matias Marinho Júnior, Beatriz Beniz Caldeira, Ester Acipreste Rosado, Ana Luísa Malta Dória, Fernanda Lira Araújo, Tobias Sampaio Lacerda, Marcelle Baracuhy Mello, Luana Ferreira Araújo