Dados do Trabalho


Título

HERNIA DIAFRAGMATICA CONGENITA

Introdução

O diafragma é formado a partir de contribuições da membrana pleuroperitoneal do mesentério dorsal do esôfago, da parede torácica e do septo transverso e o período de formação embrionária, entre a quarta e oitava semanas de vida intra-uterina.Normalmente entre a sexta e a oitava semana ocorre a fusão da membrana pleuroperitoneal, tendo no lado esquerdo o fechamento mais tardio. Em caso de não fusão da membrana pleuroperitoneal a qual separa o tórax do abdome, há uma herniação das vísceras abdominais através do defeito diafragmático.

Relato de Caso

Os exames de sorologia para hepatite B, C e VDRL, deram resultados negativos. O exame para checagem do cariótipo também veio normal (46 XX). Foi solicitada uma ultrassonografia com resultado de gestação única de 24 semanas e 6 dias por ecografia precoce. A avaliação da morfologia fetal revela hérnia diafragmática a esquerda, contendo, estômago, alças intestinais e fígado, como conteúdo herniado. Peso estimado de 618g, atividade cardíaca fetal presente, movimentos fetais normais apresentação cefálica, dorso anterior, índice do líquido amniótico de 12 cm, área pulmonar direita de 1,41 cm². Em um segundo exame imagem, confirmando a presença de hérnia diafragmática à esquerda tendo como conteúdo herniado, estômago, alças intestinais, baço, fígado e desvio da área cardíaca. Foi visualizado o balão endotraqueal bem posicionado. Peso de 1,611g, ILA de 10,9cm e LHR de 0,58.

Discussão

Muitas vezes fatores maternos interferem na precisão dos resultados, como por exemplo, a obesidade, o feto muitas vezes por estar em posição inadequada e por ser operador-dependente, este precisa estar bem treinado. Estes fatores caracterizam as desvantagens de se realizar a USG. Na hérnia diafragmática congênita a ultrassonografia possibilita a visualização do defeito embrionário e a precisão do local, órgãos herniados que invadem a cavidade torácica acarretando o desvio cardiomediastinal. É sabido pelos anteriores estudos que essa herniação causa um comprometimento dos pulmões ipsilateral e/ou contralateral à herniação. O tratamento escolhido foi a oclusão traqueal por meio de um balão, na tentativa de favorecer o desenvolvimento pulmonar gerando uma pressão positiva em seu interior. Método este, utilizado atualmente e que vem apresentando resultados favoráveis tanto em países hispano-americanos, como na Europa assim demonstra os estudos.

Palavras Chave

cirurgia, clínica cirúrgica, clínica cirúrgica pediátrica, hernia. ,

Área

CIRURGIA PEDIÁTRICA

Instituições

FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS - Tocantins - Brasil

Autores

Ritchelly Borges da Cunha, Saulo Francisco Assis Gomes, André Afonso Marrafon, Silvio Almeida-Junior